quarta-feira, 31 de outubro de 2012

M550 - Apresenta-se o RANGER Manuel Anselmo F. G. Vieira, do 4º curso de 1968

RANGER Manuel Anselmo F. G. Vieira

4º curso de 1968

Um novo Camarada d'Armas se junta hoje a nós nesta cada vez maior parada virtual. É o RANGER Manuel Anselmo F. G. Vieira, do 4º curso de 1968.



Também fui ranger (sou do quarto curso de 1968 – número mecanográfico 19646968), tendo sido colocado como aspirante no Regimento de Cavalaria 7 (Lisboa) e formado a CCAV 2563 - Companhia de Cavalaria 2563 (companhia independente), que depois foi mobilizada para Angola e sido a companhia colocada no MUNHANGO (leste) e formado a primeira companhia montada a cavalo (depois de termos treinado os nossos homens no Grupo de Cavalaria 1em SILVA PORTO).

Depois de muitos anos no estrangeiro, voltei e esta é a segunda vez que acesso o site e fiquei admirado por ver fotografias de pessoal dos cursos de 1967 e depois passa para os de 1970 e outros cursos posteriores, nada havendo dos cursos de 1968 e 1969.

Existe alguma razão para tal, ou simplesmente não se conseguem as fotografias desses camaradas?

As minhas vão aqui anexas, da época em Angola (1969) e de hoje em Portugal (Aveiro).

Um abraço,
Manuel Anselmo F. G. Vieira

domingo, 28 de outubro de 2012

M549 - Vamos aprender como se dobra a Bandeira Nacional.



Vamos aprender como se dobra a Bandeira Nacional. 

Não creio que fosse descabido totalmente fazer chegar este procedimento / instruções ao Presidente da Câmara Municipal de Lisboa e... não só!


Bandeira Nacional

A propósito do episódio recente

Dobrar a Bandeira Nacional

A dobragem da Bandeira Nacional, especialmente em cerimónias, deverá ser efectuada de modo a que, no final, resulte um rectângulo com a largura e comprimento do Escudo Nacional. A dobragem deverá ser feita por, normalmente, quatro pessoas, seguindo os seguintes passos:

1. Coloca-se a bandeira na horizontal, segura pelas bordas da tralha e do batente; 


2.  Dobra-se o terço superior para trás;


3.  Dobra-se o terço inferior para trás;


4.  Dobra-se o lado do batente (encarnado) para trás;


5. Finaliza-se, dobrando-se o lado da tralha verde) para trás.


O resultado


Assim se trata a Bandeira Nacional com respeito e se dobra de forma a se poder ver exactamente qual a sua posição evitando equívocos (no mínimo) embaraçosos.

Não se dobra a Bandeira Nacional como se fosse um lençol ou uma toalha! 

M548 - História de Portugal - O 11 de Março de 1975


O 11 de Março de 1975 

I — DESCRIÇÃO CRONOLÓGICA DOS ACONTECIMENTOS

MARÇO DIA 8

17:00 — Praça das Flores — Através de contactos efectuados principalmente por Miguel V.S. Champalimaud e tenente Nuno Barbieri reúnem-se vários indivíduos, entre outros, coronel Durval de Almeida, José Maria Vilar Gomes, João Alarcão Carvalho Branco, José Carlos V.S. Champalimaud, tenente Nuno Barbieri e Miguel V.S. Champalimaud tendo estes dois últimos dito aos restantes que estava planeada uma operação de grupos de extrema-esquerda, denominada "Matança da Páscoa", na qual seriam mortos cerca de 1500 civis e militares entre os quais o general Spínola.

Seria necessário assim desencadear uma acção para neutralizar essa operação e que seria necessário também acompanhar o general para Tancos donde se desencadearia toda a acção.

MARÇO DIA 9

22:00 — Praça das Flores — Reúnem-se novamente alguns dos Indivíduos mencionados anteriormente, com outros aguardando neste local instruções para seguirem para Tancos.

Rua Jaú - Alcântara - Ao mesmo tempo desenrola-se uma reunião de militares, entre os quais o general Tavares Monteiro, coronel Durval de Almeida, tenente-coronel Xavier de Brito, tenente-coronel Quintanilha de Araújo, major Silva Marques, tenente Nuno Barbieri e tenente Carlos Rolo onde este confirma a "Matança da Páscoa" por notícias colhidas em Espanha, nos Serviços de Seguridad Espanhola, donde chegara naquele momento. Estes elementos decidem dar conhecimento e alertar o general Spínola dirigindo-se para Massamá.

MARÇO DIA 10

00:00 — Rua Jaú – Alcântara — Entretanto, por ordem do tenente Nuno Barbieri, o alferes Jorge de Oliveira dirige-se à Praça das Flores onde indica aos presentes que se devem dirigir para a Rua Jaú onde se encontram com outros indivíduos, já contactados: José Maria Vilar Gomes, Miguel Champalimaud, António Simões de Almeida, João Alarcão de Carvalho Branco, José Carlos Champalimaud, António Ribeiro da Cunha, Gonçalo Bettencourt C. Ávila, Eurico José Vilar Gomes que permaneçam neste local até lhes serem indicadas missões concretas.

02:15 — Massamá — Chegam à residência do general Spínola o general Tavares Monteiro, coronel Durval de Almeida, tenente-coronel Xavier de Brito e tenente-coronel Quintanilha onde falam com o general Spínola, a quem comunicam o que sabem. É-Ihes por este, respondido já ter conhecimento dos factos através dos Serviços Secretos Franceses. Entretanto o tenente Nuno Barbieri, tenente Carlos Rolo e major Silva Marques planeiam o ataque ao emissor do Rádio Clube Português em Porto Alto.

Depois destes contactos o general Tavares Monteiro e o coronel Durval de Almeida dirigem-se para as traseiras da Igreja de S. João de Deus onde se encontram com o tenente Nuno Barbieri que entretanto fora à Rua Jaú trazendo consigo António Ribeiro da Cunha, José Maria Vilar Gomes e Miguel Champalimaud que passam a fazer escolta armada àqueles três oficiais nos diversos contactos que fazem em seguida.

10,30 — Lumiar — General Tavares Monteiro, coronel Durval de Almeida, tenente Nuno Barbieri e os indivíduos que compõem a sua escolta dirigem-se para casa do major Sá Nogueira, no Lumiar, onde almoçam e donde fazem contactos nomeadamente com o comandante Alpoim Calvão e comandante Rebordão de Brito.

15,00 — Aeroporto — Dirigem-se ao Aeroporto o general Tavares Monteiro, coronel Durval de Almeida e José Maria Vilar Gomes onde se encontram com o tenente-coronel Xavier de Brito e tenente-coronel Quintanilha que vinham de fazer vários contactos com Unidades. Daqui seguem novamente para o Lumiar onde vão chegando mais indivíduos como o comandante Calvão, major Silva Marques, tenente Anaia e tenente Carlos Rolo. Nesta reunião é feito o ponto da situação avaliando-se as forças que estão do lado dos revoltosos e meios disponíveis. Definidas as missões de cada um, os presentes vão abandonando o local ficando combinado o encontro de todos eles e do grupo de civis que se encontravam ainda na Rua Jaú, na portagem da Auto-Estrada de Vila Franca de Xira, onde esperariam pela chegada do general Spínola, seguindo daí para Tancos.

21:30 — Massamá — Fazendo-se transportar num Mercedes alugado, o general Spínola dirige-se, para a portagem da A. E. de Vila Franca de Xira, acompanhado de uma escolta composta por civis armados.

22:00 — Portagem da A. E. — O general Spínola, e seus acompanhantes, partem com destino a Tancos.

22:30 — O brigadeiro Morais, comandante da Região Militar de Tomar, desloca-se a Santarém e procura o coronel Alves Morgado, comandante da E.P.C., tentando aliciá-lo. Não conseguindo a adesão pretendida, insiste, através de um contacto telefónico, cerca de 3 quartos de hora mais tarde. O novo encontro tem lugar junto do café Central. Esta tentativa não logrou melhor êxito, mas o coronel Morgado não denuncia as intenções dos revolucionários. Terceira insistência é tentada na manhã seguinte, através de um enviado do brigadeiro Morais - o capitão Veloso e Matos.

23:00 — No Restaurante "Fateixa", em Carcavelos, o tenente-coronel Xavier de Brito encontra-se com o tenente-coronel Almeida Bruno que, para o efeito, convocou o major Monge e capitão Luz Varela. O objectivo deste encontro foi tentar aliciar o tenente-coronel Bruno e o major Monge.

23:30 — Tancos — Chega à unidade o general Spínola, acompanhado do tenente-coronel Carlos António Quintanilha Reis de Araújo, major Jaime Tomás Zuquete da Fonseca, e 1°Tenente Carlos Alberto Juzarte Rolo que se dirigem a casa (Bairro Militar) do major António Martins Rodrigues. Após alguns momentos, chegam ao mesmo local o brigadeiro Francisco José de Morais, general Tavares Monteiro, coronel Orlando Amaral, comandante Calvão, coronel Durão, coronel Durval, coronel Moura dos Santos, general Damião, tenente-coronel Xavier de Brito, major Simas, major Garoupa e outros.

MARÇO DIA 11

00:00 — Tancos — Começam a chegar à B.A.3 mais elementos conspiradores que se reúnem em casa do major Martins Rodrigues.

01:40 — É montado um sistema de segurança da Unidade e é regulada a entrada de elementos vários que entretanto chegavam e cujas viaturas não eram revistadas.

02:00 — Com a presença dos principais responsáveis pelo golpe, é feito o ponto da situação e o planeamento das operações a desencadear durante a manhã.

02:30 — O comandante da Base, coronel Moura dos Santos, e o coronel Orlando Amaral contactam telefonicamente o coronel Proença no Comando da 1.a Região Aérea, tendo lugar em seguida e ainda em casa do major Martins Rodrigues uma reunião na qual se ultimam os pormenores do golpe a desencadear.

08:00 — O coronel Moura dos Santos reúne alguns oficiais e sargentos da unidade, aos quais dá conhecimento do que se vai desenrolar. Simultaneamente o mesmo é feito por alguns oficiais, comandantes de esquadra, major Mira Godinho, major Neto Portugal, e capitão Brogueira em relação aos pilotos das suas esquadras, atribuindo-lhes em seguida as missões respectivas.

09:00 — São feitos "breefings" ao pessoal. Com a presença do coronel Moura dos Santos, major Zuquete, major Mesquita, major Mira Godinho, major Neto Portugal e outros, o general Spínola faz uma alocução aos pilotos dos helicópteros e dos T-6, em que se afirma estar a assistir-se à prostituição das Forças Armadas e ser necessário intervir para manter a continuidade e a pureza do processo desencadeado no 25 de Abril.

Os meios aéreos destinados a atacar o R.A.L.1, aviões T-6, helicópteros e helicanhões começam a ser municiados.

09:40 — Montijo — Por ordem do comandante da B.A.6, coronel Moura de Carvalho são postos de alerta todos os meios aéreos, os aviões Fiat G91 e helicópteros Alouette III, enquanto se tomam medidas para defesa imediata da Unidade, utilizando a companhia de Polícia Aérea conjuntamente com a companhia nº 122 de Pára-quedistas comandada pelo capitão Terras Marques, que se encontrava estacionada na B.A.6.

10:45 — Tancos — Começam a descolar os primeiros meios aéreos destinados a atacar o R.A.L.1. Estes meios eram constituídos por:

- 2 T-6 armados com metralhadoras e ninhos de foguetes anti-pessoal, pilotados pelo major Neto Portugal e segundo-sargento Moreira, tendo como missão o bombardeamento das instalações do R. A. L. 1, antenas da R. T. P. e Forte do Alto do Duque.

- 10 Allouette III, transportando um grupo de 40 pára-quedistas. Dois dos helicópteros estão armados com canhão e têm como missão o bombardeamento do R.A.L.1. São pilotados pelos major Zuquete e major Mira Godinho, tendo aos canhões os alferes Oliveira e primeiro-cabo Carapeta, respectivamente.

Nesta operação insere-se também o lançamento sobre Lisboa de panfletos, missão que é executada por dois dos heli-transportadores, pilotados pelos capitão Oliveira e tenente Jacinto.Os restantes heli-transportadores são pilotados pelos alferes Chinita, alferes Afonso, alferes Mendonça, segundo-sargento Ladeira, segundo-sargento Souto e furriel Emaúz.

- 3 Noratlas com 120 pára-quedistas destinados a cercar o R.A.L.1.

- 2 T-6 desarmados, com missão de intimidação. São pilotados pelo capitão Faria e alferes Melo, ambos da B.A.7 e em diligência na B.A.3.

11:00 — Monte Real — O comandante da B.A.5, coronel Naia Velhinho, na sequência de uma indicação que lhe é transmitida de Lisboa por via normal, coloca essa base em estado de prevenção rigorosa. Dessa situação decorreu a manutenção em alerta dos aviões a jacto F-86F, armados com metralhadoras.

11:15 — Montijo — A B.A.6 entra de prevenção rigorosa.

11:20 — Tancos — Descola, com destino a Monte Real (B.A.5) um avião Aviocar pilotado pelo major Mesquita levando a bordo o coronel Orlando Amaral, na situação de reserva e tenente-coronel Quintanilha, adjunto do Chefe da 2.a Repartição do E.M.F.A., em missão de aliciamento.

11:30 — Monte Real — Aterra o avião Aviocar vindo de Tancos (B.A.3), o qual transporta o coronel Orlando Amaral e o tenente-coronel Quintanilha. Estes vão à presença do comandante da B.A.5 a quem, na presença dos majores Simões e Ayala, anunciam a existência de uma operação comandada superiormente pelo general Spínola e pelo C.E.M.F.A., no caso da Força Aérea, a qual pretende repor a pureza do espírito do 25 de Abril. O tenente-coronel Quintanilha revela que a operação já se terá iniciado com um ataque aéreo ao R.A.L.1 e pede então ao coronel Velhinho que envie aviões F-86F para fazer passagens baixas de intimidação sobre o R.A.L.1, Avenida da Liberdade e COPCON. O comandante da base hesita, telefona para os seus superiores em Lisboa donde não obtém esclarecimentos.

Entretanto o major Simões faz uma sessão de esclarecimento aos pilotos da esquadra dos F-86F, explicando-lhes por sua vez aquilo que ouvira no gabinete do comandante da base. Nessa sessão alguns oficiais manifestam-se abertamente desconfiados e descrentes do que lhes é dito, opondo-se a colaborar naquilo que consideram um golpe da direita.

O coronel Orlando Amaral e o tenente-coronel Quintanilha regressam a Tancos e com estes o major Cóias da B.A.5

11:30 — Todas as Unidades da Força Aérea estão de prevenção rigorosa.

11:45 — Deslocam-se à B.A.3, de helicóptero, o brigadeiro Lemos Ferreira e o tenente-coronel Sacramento Marques, como delegados do C.E.M.F.A. e C.E.M.E., para procurarem esclarecer a situação.

11:50 — R.A.L.1 — Esta Unidade é atacada pelos revolucionários que na sua missão vêm a atingir as casernas dos soldados e os principais edifícios do aquartelamento, resultando na morte do soldado Joaquim Carvalho Luís e 14 feridos. Neste, ataque são consumidas 220 munições de metralhadoras calibre 7,7mm e 99 foguetes Sneb 37mm anti pessoal dos T-6 e 318 munições de MG-151 de 20mm dos helicanhões.

11:50 — Montijo — Aterram dois helicópteros Alouette III, estando um armado. O héli desarmado aterra numa das ruas de acesso à placa, tendo deixado um pára-quedista ferido e cujo piloto, o alferes Chinita, também ferido, vem a ser recuperado pelo héli canhão uns metros mais à frente.

12:00 — Aeroporto de Lisboa — É encerrado o tráfego civil.

12:00 — Quartel do Carmo — Oficiais da G.N.R. no activo e outros já afastados do serviço, comandados pelo general Damião, prendem o comandante-geral e outros oficiais.

12:20 — Tancos — Descolam 3 Allouette, transportando 12 elementos para uma acção armada contra as antenas do R.C.P., em Porto Alto. Um dos helicópteros está armado com canhão e é pilotado pelo segundo-sargento Leitão, tendo ao canhão o segundo-sargento Bernardo de Sousa Holstein. Os outros dois hélis são pilotados pelos alferes Llaurent e segundo-sargento Serra.

12:20 — Montijo — Descolam 5 helicópteros com destino a Tancos (B.A.3) tendo um deles transportado o pára-quedista ferido ao Hospital da Força Aérea no Lumiar e juntando-se aos outros na Chamusca.

12:50 — Lisboa — A 5.a Divisão do E.M.G.F.A. emite a seguinte mensagem a todas as Unidades do Exército, Armada, Força Aérea, G.N.R., P.S.P. e G.F.:

"O COPCON, a Comissão Coordenadora do M.F.A. e a 5.a Divisão do E.M.G.F.A. alertam todas as unidades para se colocarem em estado de mobilização para destruir forças rebeldes contra-revolucionárias que neste momento atacam unidades do M.F.A.."

Este rádio foi seguido de outro semelhante enviado para comandos militares das Ilhas Adjacentes e África.

13:00 — Porto Alto — Um grupo de civis armados e comandados por 2 militares atacam o emissor do Rádio Clube Português, interrompendo a emissão desta estação em onda média.

Os atacantes faziam-se transportar em 2 helicópteros seguindo num o major Silva Marques, António Simões de Almeida, João Alarcão Carvalho Branco e José Carlos Champalimaud e no outro o 1°tenente Nuno Barbieri, José Maria Vilar Gomes, Eurico José Vilar Gomes, António Ribeiro da Cunha e Miguel Champalimaud.

Deste ataque resultou a paralisação da emissão e destruição de material de elevada monta.

O general Spínola tenta aliciar, pelo telefone, o major Jaime Neves, comandante do Batalhão de Comandos nº 11, que lhe responde só obedecer à hierarquia a que está sujeito, o COPCON, com quem aliás já tinha estado em contacto. O general Spínola procura, ainda, falar com o tenente-coronel Almeida Bruno que está presente, mas que se esquiva.

Pouco antes ou depois desta diligência o general Spínola estabelece contacto com o tenente-coronel Ricardo Durão tentando obter por via deste e do capitão Salgueiro Maia, a adesão da E.P.C. O capitão Salgueiro Maia não atende este telefonema.

13:00 — Tancos — descolam 2 aviões T-6, pilotados pelos segundo-sargento Gomes da Silva e furriel Falcão. Estão armados com metralhadoras e ninhos de foguetes anti-pessoal e têm como missão o ataque ao R.A.L.1. A mesma hora descola um Allouette, armado com um canhão, pilotado pelo alferes Jofre, com o alferes Figueiredo ao canhão tendo como missão o ataque ao R.A.L.1. e outros possíveis objectivos.

13:10 — Lisboa — A Emissora Nacional interrompe a sua programação normal e passa a transmitir directamente do Centro de Esclarecimento de Informação Pública da 5.a Divisão do E.M.G.F.A., aconselhando a população de Lisboa a manter-se calma e vigilante em união com o M.F.A. e seus órgãos representativos

13:20 — O major Rosa Garoupa telefona para o major Casanova Ferreira comandante da P.S.P. de Lisboa, a pedir-lhe a ocupação do Rádio Renascença e que pusesse "no ar" esta Emissora (na altura em greve) com o fim de emitir comunicados dos revolucionários, acções que se não concretizam.

13:22 — Monte Real — Descola a primeira parelha de F-86F, comandada pelo major Ayala, a qual cumpre a missão que fora pedida ao coronel Velhinho, sendo alvejada no COPCON.

13:30 — Lisboa — É transmitido pela E.N. o primeiro comunicado da 5.a Divisão.

13:30 — Tancos — Descola um helicóptero Allouette III a fim de transportar o brigadeiro Morais, de Tomar para a E.P.C. e no regresso transporta, além deste, o tenente-coronel Ricardo Durão e o capitão Salgueiro Maia. Aterram 5 helicópteros Allouette Ill vindos da B.A.6

13:30 — Uma força da G.N.R. constituída por 5 moto-blindados aparece nas imediações do G.D.A.C.I., tentando ocupar e desligar a antena da R.T.P. em Monsanto. Foram interpelados e intimados a retirar por forças do COPCON o que fizeram imediatamente.

14:00 — Monte Real — descola a segunda parelha de F-86F, comandada pelo capitão Calhau, o qual acabará por sobrevoar os mesmos pontos de Lisboa da primeira e ainda a estrada Santarém-Lisboa. A ambas as parelhas foi dada ordem de não abrir fogo.

13:50 — Tancos — Descola um helicóptero Allouette III, pilotado pelo tenente-coronel Quintanilha o qual se desloca com o major Cóias à B.A.5, seguido por dois aviões Aviocar transportando pára-quedistas.

Aí tenta garantir a neutralidade da base, ameaçando, inclusivamente, que os pára-quedistas a ocupariam. Em seguida, quando alguns sargentos, alertados por camaradas de Lisboa, tentam prender o tenente-coronel Quintanilha, este evade-se no helicóptero acompanhado pelos Aviocar com pára-quedistas que, entretanto, se tinham mantido sobrevoando a base de Monte Real. As três aeronaves regressam então a Tancos.

14:30 — Tancos — Descolam para Lisboa 2 aviões T-6, armados com metralhadoras e ninhos de foguetes anti-pessoal, pilotados pelo segundo-sargento Jordão e segundo-sargento Carvalho, tendo a missão de ataque a objectivos não apurados. A mesma hora, descolam 2 aviões Noratlas, transportando uma companhia de tropas pára-quedistas (75 homens) para Lisboa, para reforço da companhia anterior. Ainda à mesma hora, descolam 2 aviões Aviocar, transportando 25 homens (pára-quedistas) para a B.A.5

14:45 — É transmitido o primeiro comunicado emanado do Gabinete do Primeiro-Ministro do seguinte teor:

"Esclarece-se a população terem-se verificado hoje, de manhã, incidentes envolvendo forças militares reaccionárias em tentativa desesperada de travar o processo revolucionário Iniciado a 25 de Abril. Tais incidentes consistiram numa tentativa de ocupação do R.A.L.1, envolvendo meios aéreos e terrestres. A situação encontra-se sob controle, pelo que se apela para que a população se mantenha calma, sem abrandar contudo a sua vigilância. A aliança entre o Povo e as Forças Armadas demonstrará, agora como sempre, que a revolução é irreversível".

15:00 — Tancos — Descola um Allouette III, armado com canhão, tendo como missão o ataque às antenas da Emissora Nacional. É pilotado pelo segundo-sargento Souto e Silva e leva ao canhão o capitão Jordão. A mesma hora, descolam 2 T-6, desarmados, pilotados pelo alferes Melo e alferes Correia, com a missão de intimidação.

15:00 — Tancos — Soldados e sargentos da B.A.3 amotinam-se contra os conspiradores e arrombam as viaturas civis utilizadas pelos elementos estranhos donde retiram armamento.

15:15 — A grande maioria dos pára-quedistas que atacaram o R.A.L.1 depõem as armas e juntam-se aos militares desta Unidade. O brigadeiro Otelo Saraiva de Carvalho dá conta ao País da normalização da situação.

15:30 — Tancos — Descola um Allouette III a fim de transportar o capitão Ramos à E.P.C., Batalhão de Comandos e COPCON, não executando estas duas últimas missões.

A mesma hora, descolam 2 aviões T-6, armados com metralhadoras e ninhos de foguetes anti-pessoal, para ataque a objectivos não identificados. São pilotados pelo segundo-sargento Brandão e pelo furriel Bragança.

Ainda à mesma hora, descolam 2 Allouette III, um transportando para o Regimento de Caçadores Pára-quedistas o general Spínola e alguns elementos e outro armado com canhão para protecção daquele oficial durante a sua permanência naquela unidade. São pilotados pelo major Zuquete e major Godinho respectivamente.

16:20 — Tancos — Descolam 4 Allouette III um equipado com canhão, que faz a protecção dos restantes e nos quais alguns militares efectuam a evasão.

17:15 — O primeiro-ministro, brigadeiro Vasco Gonçalves, dirige, pela TV e Rádio, uma alocução ao povo português na qual denuncia a acção como tendo sido “um golpe contra-revolucionário”

19:00 — Badajoz — O general Spínola, acompanhado de sua mulher, chega à Base Aérea de Talavera la Real.
II — RELAÇÃO DOS ACUSADOS PELO MFA DE ESTAREM ENVOLVIDOS NAS OPERAÇÕES

— Militares

General António Sebastião Ribeiro de Spínola, General António Ferreira de L. Freire Damião, General piloto aviador (Res.) Rui Tavares Monteiro, Brigadeiro Francisco José de Morais, Brigadeiro piloto aviador Jorge Manuel Brochado de Miranda, Coronel piloto aviador Augusto Paulo Moura dos Santos, Coronel piloto aviador Casimiro de Jesus Pintado Abreu Proença, Coronel piloto aviador José Eugénio Ferreira da Naia Velhinho, Coronel piloto aviador (Res.) Orlando José Saraiva Gomes do Amaral, Coronel piloto aviador (Res.) Durval Serrano de Almeida, Coronel pára-quedista Rafael Ferreira Durão, Coronel Carlos José Machado Alves Morgado, Coronel da GNR (Res.) José Martiniano Moreno Gonçalves, Coronel da GNR (Res.) Manuel Pereira Espadinha Milreu, Capitão-de-mar-e-guerra (Res.) Paulo Manuel B. da Costa Santos, Tenente-coronel piloto aviador Carlos António de Quintanilha Reis de Araújo, Tenente-coronel de cavalaria Ricardo Durão, Tenente-coronel João de Almeida Bruno, Tenente-coronel Vasco Augusto da S. Pinto e Simas, Tenente-coronel Alexandre M. G. Dias Lima, Tenente-coronel António da Silva Osório Soares Carneiro, Tenente-coronel da GNR Fernando Alberto Xavier de Brito, Capitão-de-fragata Heitor Prudêncio dos Santos Patrício, Major piloto aviador António Martins Rodrigues, Major piloto aviador António Manuel de Sales Mira Godinho, Major piloto aviador Bernardo Manuel Dinis de Ayala, Major piloto aviador Jaime Tomás Zuquete da Fonseca, Major piloto aviador João Carlos da Silva Arantes e Oliveira, Major piloto aviador Joaquim Manuel Matono Cóias, Major piloto aviador José Augusto Valente de Oliveira Simões, Major piloto aviador César António Duarte Neto Portugal, Major piloto Luís José dos Santos Mesquita, Major FA (Res.) Luís Aires da Câmara Sá Nogueira, Major pára-quedista Joaquim Manuel T. Mira Mensurado, Major pára-quedista José Henrique Catroga Inês, Major pára-quedista Nuno António Bravo Mira Vaz, Major de artilharia Fernando José de Morais Jorge, Major de artilharia Vítor Manuel Silva Marques, Major de cavalaria Manuel Soares Monge, Major de cavalaria Nuno Álvaro de Couto Bastos de Bívar, Major Carlos Alberto da S. Pinto e Simas, Major Manuel Francisco Matoso Ramalho, Major Teotónio José de Carvalho Ribeiro Pereira, Major João António Branco M. da Rosa Garoupa, Major José Eduardo Fernando Sanches Osório, Major da PSP Luís António de Moura Casanova Ferreira, Major da GNR Rui dos Santos Ferreira Fernandes, Major da GNR (Res.) Joaquim Simões Pereira, Major (Ref.) Joaquim Evónio Rodrigues de Vasconcelos, Capitão-tenente Guilherme Almor de Alpoim Calvão, Capitão-tenente fuzileiro Alberto Rebordão de Brito, Capitão piloto aviador Hermínio de Almeida Oliveira, Capitão piloto aviador João César França Brogueira, Capitão piloto aviador Mário José Bento Jordão, Capitão piloto José Luís Lopo Tuna, Capitão piloto Luís Eduardo de Paiva Faria, Capitão pára-quedista António Joaquim Ramos, Capitão pára-quedista Armando Almeida Martins, Capitão pára-quedista João Carlos Albuquerque Pinto, Capitão pára-quedista João Paulo Valente Santos, Capitão pára-quedista José Augusto Martins, Capitão pára-quedista José Manuel Silva Pinto, Capitão pára-quedista José Manuel Terras Marques, Capitão pára-quedista José Maria da Silva Gonçalves, Capitão pára-quedista Manuel Bação da Costa Lemos, Capitão pára-quedista Sebastião José Pinheiro Martins, Capitão FA Fernando Abel Ferreira, Capitão FA José Neto Pessoa de Amorim Rosa, Capitão de artilharia Carlos Alberto Marques Abreu, Capitão de artilharia Rui Manuel Martins Reis, Capitão de infantaria Virgílio C. Vieira da Luz Varela, Capitão Eduardo Alberto de Veloso e Matos, Capitão Henrique de Morais da Silva Caldas, Capitão Norberto Crisante de Sousa Bernardes, Capitão Armando Ramos,Capitão Carlos Alberto Moreira de Bettencourt, Capitão da GNR Afonso Eduardo de M. Lopes Mateus, Capitão da GNR Armando José Abrantes Viana, Capitão da GNR Fernando José da Câmara Lomelino, Capitão da GNR José de Almeida Coelho, Capitão da GNR QC Armindo Fernandes Pereira, Capitão da GNR QC Henrique Fernando M. M. de C. Valério da Silva, Primeiro-tenente Carlos Alberto Juzarte Rolo, Primeiro-tenente fuzileiro Benjamim Lopes de Abreu, Primeiro-tenente fuzileiro Raul Eugénio D. da Cunha e Silva, Primeiro-tenente José Maria Silva Horta, Primeiro-tenente Nuno Manuel Osório de Castro Barbieri, Tenente piloto Adelino José da Silva Cardoso, Tenente piloto Agostinho José Barbosa do Couto, Tenente piloto Alfredo Jordão Henriques,Tenente piloto Vítor Manuel Sequeira Fróis de Figueiredo, Tenente piloto Fernando Esteves Guerra, Tenente piloto Filipe de Jesus dos Santos, Tenente miliciano piloto aviador Fernando António Félix Lourenço, Tenente miliciano piloto aviador Joaquim António Norte Jacinto, Tenente pára-quedista José Manuel Duarte Fernandes, Tenente pára-quedista Levy da Silva Correia, Tenente FA António Rogério Magalhães da Mota, Tenente de cavalaria QC António Gonçalo Canavarro Teixeira Rebelo, Tenente da GNR Albino Araújo Correia, Tenente da GNR Antero Manuel Rebelo, Tenente da GNR Armando Carlos Alves, Tenente da GNR José Alberto Gomes Rosado Faustino, Tenente da GNR José Manuel Martins Poças, Tenente da GNR Luís Duarte Quaresma de Oliveira e Santos, Tenente miliciano José Alberto Gouveia Barros, Segundo-tenente fuzileiro João Catulos Cansado Corvo, Segundo-tenente fuzileiro Manuel Maria Peralta de Castro Centeno, Segundo-tenente Pedro Henrique Malheiro R. de Meneses, Alferes miliciano piloto aviador Abel Dias Correia, Alferes miliciano piloto aviador Gil José Vaz Afonso, Alferes miliciano piloto aviador Jorge Manuel Costa de Oliveira, Alferes miliciano piloto aviador José Manuel Ribeiro Mendonça, Alferes miliciano piloto aviador Luís Filipe Mateus Palma de Figueiredo, Alferes miliciano piloto aviador Jorge Manuel Pinto de Melo Ramalho, Alferes miliciano piloto aviador José Manuel Belo C. de Mira, Alferes miliciano piloto aviador Flávio Vítor Paulino Llaurent, Alferes piloto Rui Jofre Soares Dias Ferreira, Alferes pára-quedista Eurico da Silva Santos, Alferes pára-quedista Fernando Pires Saraiva, Alferes pára-quedista SG Domingos Francisco Marquinhas Camboias, Alferes pára-quedista SG Joaquim Manuel Paulino, Alferes pára-quedista SG José Valentim Gomes, Alferes da GNR António Farias Carvalho, Aspirante piloto aviador Lourenço Abrantes de Carvalho, Aspirante fuzileiro António Joaquim Areias de Carvalho, Aspirante da Academia Militar António Arnaldo R. B. Lopes Mateus, Aspirante da Academia Militar Mário Rui Correia Gomes, Primeiro-sargento da GNR António Ramos Lopes, Segundo-sargento miliciano piloto Carlos Alberto Gomes da Silva, Segundo-sargento miliciano piloto Bernardo de Sousa e Holstein, Segundo-sargento miliciano piloto António Manuel Carrondo Leitão, Segundo-sargento miliciano piloto Carlos Manuel Leite Moreira, Segundo-sargento miliciano piloto Jaime Manuel de Melo Brandão, Segundo-sargento miliciano piloto José Carlos Cristão Serra, Segundo-sargento miliciano piloto José Manuel Henriques de Campos Carvalho, Segundo-sargento miliciano piloto Adriano Francisco O. Martins Jordão, Segundo-sargento miliciano piloto António José Oliveira Ladeiras, Segundo-sargento miliciano piloto João Henriques Pereira Souto e Silva, Segundo-sargento da GNR António Mendes Monteiro, Segundo-sargento da GNR António Farinha Dionísio Alves, Furriel miliciano piloto António Pedro Costa Quintela Emauz, Furriel miliciano piloto Manuel Rosa Bragança, Furriel miliciano piloto Raul Augusto Duarte Condessa Falcão, Primeiro-cabo da GNR Cândido José Teixeira, Primeiro-cabo da GNR João Quinteres dos Santos, Segundo-cabo da GNR José Florival Gens Gomes, Soldado da GNR António Joaquim Carrilho, Soldado da GNR António Marvanejo Miranda, Soldado da GNR José Anastácio Nunes, Soldado da GNR José Rosendo Prates Calado, Soldado da GNR Martinho de Sousa Merêncio

— Civis:

António I. Ribeiro da Cunha, António Maria R. Simões de Almeida, Bernardino José da C. Gonçalves Moreira,Eurico José da Costa Vilar Gomes, Gonçalo Bettencourt Correia e Ávila, João Diogo Alarcão de Carvalho Branco, José Carlos Vilardebó Sommer Champalimaud, José Maria da Costa Vilar Gomes, Miguel Vilardebó Sommer Champalimaud

Por João M.Vidal PIL

sábado, 27 de outubro de 2012

M547 - Ex-combatentes acabam por morrer antes de receberem subsídio do Estado


Ex-combatentes acabam por morrer antes de receberem subsídio do Estado 




Público. 27.09.2012, Por Lusa

O psiquiatra Afonso Albuquerque lamentou hoje que muitos ex-combatentes em África, com stress de guerra, acabem por morrer antes de serem qualificados como deficientes das Forças Armadas, apesar de alguns estarem mais de dez anos à espera desta classificação. 

Afonso de Albuquerque, que participou na redacção da legislação (49/99) que instituiu o regime de apoio às vítimas de stress pós-traumático de guerra, falava à agência Lusa à margem do seminário internacional para uma “Reflexão sobre uma década de funcionamento da Rede Nacional de Apoio (RNA)” aos deficientes das Forças Armadas. 

Este especialista sublinhou o avanço que a legislação trouxe a Portugal, pois na altura a doença (stress de guerra) não era sequer reconhecida e não permitia ao portador a classificação de deficiente das Forças Armadas, bem como o respectivo subsídio. 

Hoje, apesar de reconhecer a evolução, com “os protocolos devidamente elaborados, os técnicos a saber o que fazer e os doentes a aparecerem”, o psiquiatra lamenta que os doentes acabem por “encalhar” no sistema. 

“Quando mandamos os processos para a concessão das regalias que [os doentes] têm direito como deficientes das Forças Armadas - que não são assim considerados enquanto a sua deficiência não for aceite pelo Ministério da Defesa - isso é demorado”. 

Afonso Albuquerque revelou que tem casos de doentes que “duram dez, doze, 13 anos e ainda estão à espera”. 

“É preciso um esforço conjunto do Ministério da Defesa e das associações dos ex-combatentes, no sentido de apressar tudo isso, facilitar o acesso a algo que têm direito reconhecido por lei mas que ainda não é dado a muitos deles”, disse. 

E deixou o alerta: “Estes deficientes têm uma longevidade menor e, por isso, vão morrendo. Qualquer dia não temos nenhum, ou temos muito poucos, e podem morrer sem que tenham recebido o que têm direito por lei”. 

Presente neste encontro promovido pela Associação dos Deficientes das Forças Armadas (ADFA), o director-geral de pessoal e recrutamento militar do Ministério da Defesa, Alberto Coelho, garantiu que estes prazos vão seguramente ser encurtados. 

Segundo Alberto Coelho, esta classificação de stress de guerra é ainda “uma novidade em Portugal”. 

“Nem a própria saúde tem ainda instrumentos para este desenvolvimento, pois esta é uma actividade que, ao contrário dos outros processos, que também demoram muito tempo, tem de ter uma envolvência, não só da Defesa, mas também da Saúde”, alegou. 

O director-geral da Saúde, Francisco George, sublinhou à agência Lusa que “o sistema de saúde, em particular o serviço público, não pode ignorar a importância que representa a síndrome pós-traumática, no conjunto dos problemas de saúde mental e das doenças crónicas”. 

Para Francisco George, que participou na cerimónia de abertura do seminário, estes doentes “são cidadãos que têm direitos a todos os serviços e que, no contexto da rede nacional de apoio, dispõem de vias verdes para terem acesso fácil aos tratamentos no âmbito da psiquiatria e da psicologia”. 

“Temos de ter em conta, com carácter de urgência, a importância de dar respostas a este problema que não podem ser ignorados. São cidadãos que ficaram traumatizados ao serviço de um país e que de forma alguma podemos deixar de colocar numa prioridade absoluta estas questões”, disse. 

O psicanalista Carlos Amaral Dias reconheceu à Lusa que as feridas dos ex-combatentes são difíceis de sarar, até porque “o tempo passa, do ponto de vista cronológico, mas o tempo psicológico, do inconsciente, mantém-se imutável”. 

“Assim como fixamos outro tipo de memórias significativas na nossa vida, também fixamos, de forma indelével, as mais traumáticas para nós. Isso passa-se em relação à guerra e a todas as experiências violentas”, concluiu. 

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

M546 - AOE (Associação de Operações Especiais) – Espaço de TODOS os RANGERS - 24º Jantar/Encontro/Convívio - 6 de Outubro de 2012






O habitual, enérgico, inconfundível e indispensável grito de guerra RANGER... está onde estão os RANGERS de Portugal! 



PRÓXIMO 

25º Jantar/Encontro/Convívio

3 de Novembro de 2012 - 19h30

Preço: 8 moedas

ESTA VIDA SÃO DOIS DIAS E UM JÁ PASSOU... VIVAM A VIDA… CONVIVAM… RIAM… DIVIRTAM-SE… E JUNTEM-SE A NÓS... NO ESPAÇO DE TODOS OS RANGERS.

APAREÇAM!Reservas para: RANGER Lopes - 220 931 820 / 964 168 857 ou RANGER Ribeiro - 228 314 589 ou 965 059 516  

M545 - 10 de Junho - Dia de Portugal



Os Combatentes da Guerra do Ultramar estão completamente divididos, para gozo de uns e tristeza de outros.



No dia 10 de Junho - Dia de Portugal -, uns vão para a cerimónia presidida pelo Sr. Presidente da República, outros para Belém/Lisboa, outros para diversas cerimónias espalhadas por todos o país, outros vão à pesca e outras distracções, e outros a lado nenhum pois ficam em casa. 


Como é que uma classe destas pode querer ser respeitada e admirada?

Como se não bastasse, as cerimónias junto ao Monumento aos Combatentes da Guerra do Ultramar, estão a ser altamente contestadas e abandonadas por inúmeros Combatentes. 

A Direcção do Núcleo de Setúbal da Liga dos Combatentes, vai estar presente nas cerimónias do 10 de Junho em Belém mas não leva o Estandarte do Núcleo e às 12 horas e 10 minutos abandona a cerimónia em sinal de protesto à oradora convidada.

Em causa estão os comentários feitos na terça-feira dia 06 de Novembro de 2012, na Sic Notícias, às 23 horas e 45 minutos, em que a Srª Drª disse, e passo a transcrever:

“... nós vivemos duma maneira totalmente idiota... ”

“Vamos ter que empobrecer muito, mas sobretudo vamos ter de reaprender a viver mais pobres”

"... estamos a empobrecer porque vivíamos acima das nossas possibilidades... "

"... cá em Portugal podemos estar mais pobres, mas não há miséria... "

"... há que fazer uma lógica quase doméstica, de contabilidade doméstica, se não temos dinheiro para comer bifes todos os dias, não podemos comer bifes todos os dias."

E ainda pelas as declarações prestadas à RPT1, a oradora, Srª Drª Maria Isabel Jonet disse: 

“que basta um refeição por dia para uma criança ficar bem”

Muitas outras dezenas de Combatentes também não vão estar presentes nestas cerimónias.


quinta-feira, 4 de outubro de 2012