sábado, 26 de maio de 2012

M461 - 2ª edição do Livro "Não Sabes como vais morrer" do RANGER Jaime Froufe Andrade


2ª edição do Livro "Não Sabes como vais morrer" do RANGER Jaime Froufe Andrade

Editora - AJHLP (Assoc. dos Jornalistas e Homens de Letras do Porto)


O nosso Camarada RANGER Andrade, do 4º Curso de 1967, que foi  Alferes Miliciano de Operações Especiais, vai proferir em Lisboa, no próximo dia 7 de Maio, pelas 19h00, uma Conferência sobre o lançamento da 2ª Edição do seu livro "Não sabes como vais morrer", cuja primeira edição rapidamente se esgotou nos escaparates das livrarias.


Aqui fica o convite, extensível a todas as pessoas que estejam interessadas em estar presentes neste evento.


O livro engloba um conjunto de oito histórias da Guerra do Ultramar, que o autor viveu na primeira pessoa, durante a sua comissão militar de serviço em Moçambique, entre 1968 e 1970.


Oito pedaços da sua memória, que espelham bem o passado de centenas de milhar de jovens portugueses, que viveram a guerra, lá longe onde o sol queima mais, através de infindáveis e tortuosas picadas, entre emboscadas, bombardeamentos, golpes-de-mão, armadilhas, minas, doenças e muito sofrimento.
Eram muitos os perigos camuflados no meio das matas, tarrafo e bolanhas de Moçambique, Angola e Guiné oferecidos aos Combatentes portugueses.

P. F.: transmitam este convite a todos os vossos Amigos e Camaradas. 

Compareçam...



Preço por unidade, nas livrarias: Seis Euros
Preço de venda através do autor: Três Euros (com portes de correio incluídos)

Contactos:

Também no Facebook em: Jaime Froufe Andrade
Telef. -  22 55 00 546

Telemóvel - 93 93 20807


Forma de pagamento sugerida: Transferência bancária para o nib: 0035  0651 0031 2990 2003 4



quarta-feira, 23 de maio de 2012

M460 - SNIPERS em artigo da revista do C.T.O.E. "PONTO DE REUNIÃO"


PONTO DE REUNIÃO
REVISTA DO CTOE



O C.T.O.E. - Centro de Tropas de Operações Especiais, acaba de lançar um novo número da revista da unidade "Ponto de  Reunião", desta vez com link virtual.

O link para a página electrónica é: 


Já sentíamos a falta de imagens impressionantes e de grande qualidade, como estas, a que nos tínhamos vindo a habituar nos números anteriores, desta nossa estimada revista. 

Nesta mensagem com a devida vénia e agradecimentos ao autor e aos responsáveis pela redacção, direcção e publicação da revista, publicamos 5 páginas com um excelente artigo sobre a especialidade sniper (atirador especial).







Link para a revista na íntegra:


http://issuu.com/forcasdeoperacoesespeciais/docs/ponto_de_reuniao?mode=window&viewMode=doublePage 
 

Imagens: © Revista "Ponto de Reunião" (2012). Direitos reservados.  

terça-feira, 22 de maio de 2012

M459 - Reencontro de velhos RANGERS do 1º Curso de 1973, por José Saúde



Reencontro de dois “velhos” rangers, 1º curso 73

Recordando a “largada”

 

Foi o dissipar de fontes, físicas e ortodoxas, que nos conduziram a desbravar um mundo que nos proporcionou fomentar uma amizade construída nos Rangers, em Lamego, e que se prolongou por terras da Guiné e… na vida, claro. É certo que o tempo se encarregou de caminharmos em azimutes diferentes. Foram 38 anos de silêncio. Ele, o Rui Fernandes Álvares, bem a norte, em Carvalhelhos, concelho de Boticas, e eu, José Saúde, a sul, em Beja. Todavia, ficaram imagens, e espaços, inesquecíveis que ousámos, agora, desencantar.

 

Encontrámo-nos num almoço, em Pombal no pretérito dia 12 de Maio, organizado pela 2ª Companhia que esteve em Cabuca, Guiné – 1973/74 -, sendo certo que convite se estendeu ao pessoal do BART 6523, cujo comando se localizava em Nova Lamego.

 

É óbvio que o nosso reencontro teve como aperitivo a nossa passagem por Lamego. Dissecámos os pormenores da especialidade, das diversas operações feitas, a bala real, a serra das Meadas, a dureza deparada quer a nível físico quer mental, a imprevisão do momento, o bom dia a Lamego às 7 da manhã, em tronco nu, ou de camisola ranger, com a neve a cair, enfim, um rol de condições geridas que fizeram de todos nós uns verdadeiros RANGERS.

 

Janeiro de 1973 ficou bem gravado nas nossas memórias. Chegámos a Penude no dia 4, creio. E foi justamente neste deambular de recordações que trouxemos à tona recordações que o tempo jamais esquecerá. 
 
A “largada” foi uma temática vivamente recordada. Tínhamos escassas 24 horas de Lamego. Ao longo desse dia deparámo-nos com diversas tropelias. O silêncio da noite bem como a baixa temperatura apresentava-se, por isso, convidativo para um pernoitar deveras ansiado. Enrolados nos lençóis e com uma manta para melhor agasalhar os nossos corpos, os candidatos a rangers construíam então castelos de areia nas… nuvens. Imaginavam dificuldades, por certo. Perto da meia noite soou o toque a rebate. As luzes exteriores do aquartelamento estavam apagadas. O pessoal, em passo de corrida, seguiu uma via de sentido único: o refeitório. Começou a acção psicológica e toca a malhar na mente da jovem rapaziada.

 

Já “marados”, meio zonzos, e com a cabeça completamente às voltas, os instruendos, ao ouvirem os seus nomes, seguiam, isoladamente, o comando das vozes dos superiores hierárquicos a caminho de um exterior onde os desafios ditavam fins imprevisíveis. Veio o descartar de eventuais bens pessoais, seguiu-se mais uma palestra, depois o vendar de olhos, o atar de mãos atrás das costas e, finalmente, o caminhar para uma viatura que nos conduziu para um lugar ermo, bem longe do quartel, deixando-nos entregues à sorte, ficando o aviso que a finalidade passava, forçosamente, por chegarmos a Penude, a corta-mato, sempre a pé, sem sermos detectados e apresentarmo-nos depois ao oficial de dia. 
 

Recordámos, eu e o Rui, que ficámos, na altura, a cerca de 40 kms de Lamego, lá para as bandas de Moimenta da Beira, se a memória não nos falhou. 

Reavivámos as lembranças de uma noite onde cruzámos vales e montes, ouvimos o uivar dos lobos, um frio que não dava tréguas, a neve e o gelo a obrigarem os nossos corpos a um pedido de ajuda a alguém desconhecido, não obstante a hora adiantada de uma madrugada sem sono.

 

Deparámo-nos de imediato com gentes bondosas que literalmente nos abriram as suas portas e nos abrigaram da tempestuosidade de uma noite inesquecível. Sobre as mesas pairavam broas, vinho, presunto, aguardente, fruta e café, entre outros petiscos que aconchegaram os nossos ventres vazios. Gentes conhecedoras do sistema e que nunca recusavam uma pronta ajuda a um futuro ranger desenquadrado com o meio que então o rodeava. De Lamego guardo, melhor, guardamos recordações onde a disponibilidade dos residentes muito nos ajudou.

 

No património herdado em Lamego, e que nos tornou verdadeiros rangers, resta enaltecer a disponibilidade das gentes anfitriãs ao longo do curso, ficando porém a certeza que a “largada” foi a primeira prova real da sua feliz amabilidade. 

 

RANGER, SEMPRE!

Um abraço, camaradas
José Saúde

Foto e texto: © José Saúde (2012). Direitos reservados.
Mini-guião: © Colecção privada de Carlos Coutinho (2012). Direitos reservados.

M458 - 1º Encontro de Rangers do 1º curso de 1973, Beja, 19 de Maio de 2012


1º Encontro/Convívio de Rangers do 1º curso de 1973 (e não só) 
Beja, 19 de Maio de 2012 


Faltaram alguns a esta "chamada", por razões várias, mas os poucos que responderam "PRONTO", eram dos bons!!!
 

Não diga o nosso lema: "Que os muitos por ser poucos não temamos".

A próxima confraternização será em Setúbal, mas ainda não tem data. 



Oportunamente será aqui divulgada a data do mesmo.
 
Um Abraço Ranger para todos.
RANGER Pedro Neves   



Os RANGERS e seus familiares
8 RANGERS. Da esq. para a dta.: Jacob (2º curso de 1972); Coelho (2º curso de 1973); Costa (4º curso de 1972); João Borralho, Pedro Neves, José Saúde, Raul Nunes e Guilherme Conceição (todos do 1º curso/73) 

sábado, 19 de maio de 2012

M457 - História de Portugal - Cavaleiros Templários - J. Truffi

História de Portugal
Cavaleiros Templários 

Com a devida vénia e agradecimento, publicamos este excepcional trabalho sobre um invulgar e conturbado período da História de Portugal, que circula livremente na net, em formato .pdf, assinado por J. Truffi. 


TEMPLÁRIOS


Non Nobis Domine, Non Nobis, Sed Nomini Tuo ad Gloriam! 
(Não por nós Senhor, não por nós, mas para a glória de Teu nome!)


No ano 1071 os turcos muçulmanos tomaram Jerusalém. Na Europa, a Igreja Católica organizou expedições militares em direção à Terra Santa, com o objetivo oficial de reconquistar os territórios sagrados da sua religião. Essas expedições foram denominadas Cruzadas, pelo fato de que os seus peregrinos usavam uma cruz nas vestimentas e bandeiras. 


No ano 1118, Jerusalém já era um território cristão. Assim, nove monges veteranos da primeira Cruzada, entre eles Hugh de Payen, dirigiram-se ao rei de Jerusalém Balduíno I e anunciaram a intenção de fundar uma ordem de monges guerreiros. 
Dentro de suas possibilidades, se encarregariam da segurança dos peregrinos que transitavam entre a Europa e os territórios cristãos do Oriente. Os membros fizeram votos de pobreza pessoal, obediência e castidade. 


Os denominados Pobres Cavaleiros de Cristo se instalaram numa parte do palácio que foi cedida por Balduíno, um local que outrora foi o Templo de Salomão. Por isso ficaram conhecidos como Cavaleiros do Templo, ou Cavaleiros Templários.

Apenas em 1127 no Concílio de Troyes, o Papa Honório II outorgou a condição de Ordem, concedendo um hábito branco com uma cruz vermelha no peito. O símbolo era um cavalo montado por dois soldados, numa alusão à pobreza.


A Ordem desenvolveu uma estrutura básica e organizou-se numa hierarquia composta de sacerdotes até soldados.


A esta altura, constituída não apenas por religiosos mas principalmente por burgueses, os Templários sustentavam-se através de uma imensa fortuna que provinha de doações dos reinados. 


Durante um período de quase dois séculos, a Ordem foi a maior organização Militar - Religiosa do mundo. 
As suas atividades já não estavam restritas aos objetivos iniciais.


Os soldados templários recebiam treino bélico, combatiam ao lado dos cruzados na Terra Santa, conquistavam terras, administravam povoados, extraíam minérios, construíam castelos, catedrais, moinhos, alojamentos e oficinas, fiscalizavam o cumprimento das leis e intervinham na política europeia. 


Além de aprimorarem o conhecimento em medicina, astronomia e matemática. Houve até mesmo a criação de um sistema semelhante ao dos bancos monetários actuais. 


Ao iniciar a viagem para a Terra Santa, o peregrino trocava o seu dinheiro por uma carta de crédito nominal que lhe era restituída em qualquer posto templário. Assim, seus bens estavam seguros da acção de saqueadores. 
O poder dos Templários tornou-se maior que a Monarquia e a Igreja.


As seguidas derrotas das Cruzadas no século XIII, comprometeram a atividade principal dos Templários, e a existência de uma Ordem Militar. Com tais objetivos já não era necessária. Neste mesmo período, o Rei Felipe IV - O Belo - comandava a França.  


Felipe IV devia terras e imensas somas em dinheiro aos Templários. Assim, propôs ao arcebispo Beltrão de Got uma troca de favores. 
O monarca usaria a sua influência para que o religioso se tornasse Papa.


Por sua vez, Beltrão de Got comprometeu-se a exterminar a Ordem dos Templários assim que alcançasse o papado. 
No ano de 1305, Beltrão de Got sobe ao Trono de São Pedro como o Papa Clemente V.


Neste momento teve início as acusações contra os cavaleiros e a implacável perseguição em toda a Europa. 


O processo inquisitório contra os Templários estendeu-se por vários anos sob torturas e acusações diversas, como heresia, idolatria, homossexualismo e conspiração com infiéis.


Por volta do dia 20 de Setembro de 1307, Filipe VI enviou cartas lacradas a todos os senescais do reino com ordens expressas de que somente fossem abertas na noite de quinta-feira, 12 de Outubro.

Quando as cartas foram simultaneamente abertas, a ordem expressa do rei resumia-se em: os Templários são acusados de graves heresias e crimes.


Na madrugada de sexta-feira, 13 de Outubro de 1307, todos foram aprisionados e postos a ferros. 
Daí a crença de que toda a sexta-feira 13 é um dia de azar.


Na França, o último Grão-Mestre da Ordem, Jacques de Molay e outros 5 mil cavaleiros, foram encarcerados pelos soldados do Rei Felipe. 


No entanto, ao tentar apoderar-se do precioso segredo que a Ordem dos Templários possuía no seu tesouro, Filipe VI encontrou uma decepção: a frota de navios Templários ancorados na França desaparecera misteriosamente para nunca mais ser vista.


Finalmente, em 18 de Março de 1314, Jacques de Molay, aos 70 anos de idade, foi levado à fogueira da Santa Inquisição às margens do Rio Sena, em Paris. 


Foram essas as suas últimas palavras:

  "NEKAN, ADONAI !!! CHOL-BEGOAL!!! PAPA CLEMENTE... CAVALEIRO GUILHERME DE NOGARET... REI FILIPE: INTIMO-OS A COMPARECER PERANTE AO TRIBUNAL DE DEUS DENTRO DE UM ANO PARA RECEBEREM O JUSTO CASTIGO. MALDITOS! MALDITOS! TODOS MALDITOS ATÉ A DÉCIMA TERCEIRA GERAÇÃO DE VOSSAS RAÇAS!!!" 

Clemente V morreu trinta e três dias depois e o Rei Felipe, o Belo, em pouco mais de seis meses. 


Dizem as lendas, que a frota se dirigiu para Portugal, onde sabia contar com forte proteção. 


Perante as ordens do Papa no sentido de extinguir os Templários e executar os seus cavaleiros, o rei D. Dinis instaurou um processo de inquérito de forma a averiguar sobre a culpa ou inocência desses cavaleiros. 


O inquérito concluiu (como seria de esperar), que os cavaleiros da Ordem dos Templários estavam inocentes de todas as acusações. 
Em virtude disso, nenhuma morte ocorreu.


Mais que isso, o rei português resolveu o assunto com aguda habilidade diplomática: Retirou todos os bens materiais da Ordem dos Templários e transferiu-os para uma nova ordem que criou ao abrigo da coroa Portuguesa.


Deu a essa nova ordem o nome de Ordem de Cristo, cujo o símbolo era precisamente a famosa Cruz da Cristo vermelha num fundo branco.


Em 1319, nascia assim a Ordem de Cristo, provavelmente um dos últimos redutos na Europa onde os templários continuaram a existir e a viver na persecução das suas santas metas, e conservando os seus míticos segredos. 


Contam as lendas que os templários estiveram ocultamente envolvidos nas aventuras marítimas portuguesas. Há mapas incluindo o Brasil desde 1389.


O Infante D. Henrique, Pedro Alvares Cabral, Vasco da Gama entre outros, foram todos eles membros da Ordem de Cristo, ou seja: Templários.


As naus que aportaram no Brasil traziam a bandeira desta nova Ordem. Pedro Álvares Cabral seria não apenas um navegador, mas um dos altos comandantes da Ordem de Cristo, que fez uso dos mapas e cartas de navegação templárias para descobrir o Brasil.


Rezam as lendas que a Ordem dos Templários assim se instalou no Brasil até aos dias de hoje. Inúmeros símbolos de municípios no Brasil possuem ainda hoje ícones que são de inspiração templária. 


Actualmente, os Templários estão presentes em diversos países, onde se dedicam à atividades em prol do bem-estar moral, material da civilização e progresso do ser humano. 


Propunham a ajuda a orfanatos, o amparo à velhice e às crianças desamparadas, o estímulo moral e material às ciências e às artes em geral.


E, acima de tudo, sendo uma ordem de carácter ecumênico, não faz distinção de raça, credo, nacionalidade e de estirpe, respeitando em qualquer caso, as leis e as tradições de todos os povos e de todos os países por onde se estendem as suas actividades.  


Non Nobis Domi
ne, Non Nobis, 
Sed Nomini Tuo ad Gloriam!

(Salmo de David e Lema dos Templários)


Este trabalho circula livremente na internete assinado simplesmente por J. Truffi.