quarta-feira, 27 de junho de 2012

M487 - Tropas Africanas na Guerra do Ultramar - Instrução de Técnica de Combate

TROPAS AFRICANAS
Técnica de combate 

Os nossos jovens não sabem, ou geralmente sabem mal, como muitos outros portugueses também ignoram, que,
os africanos naturais dos ex-territórios que Portugal manteve em África sob seu domínio durante cerca de 500 anos, eram TAL COMO NÓS TODOS OS PORTUGUESES, integrados nas Tropas Portuguesas, como portugueses que eram.

Eram baptizados como nós todos em Portugal (os que eram católicos) e com Bilhete de Identidade nacional, como nós todos, os africanos eram recrutados e cumpriam Serviço Militar Obrigatório, como TODOS NÓS PORTUGUESES.

Assim, Combateram Por Portugal, ombro a ombro ao nosso lado, e muitas vezes à nossa frente, nos Comandos, Grupos Especiais, Fuzileiros Especiais, Milícias e Soldados regulares.

Em 25 de Abril de 1974, andavam estes HOMENS completamente empenhados nos duros combates, dando tudo o que tinham - inclusive a própria vida COMBATENDO POR PORTUGAL, contra um inimigo constituído basicamente por familiares seus e amigos, que combatiam do outro lado nos movimento de libertação (na Guiné o PAIGC, em Angola o MPLA, a UNITA e a FNLA, e em Moçambique a FRELIMO).

Então, após esse 25 de Abril, que fez Portugal para os proteger e premiar... MANDOU-OS VIR PARA PORTUGAL?

NÃO... DESARMOU-OS e ABANDONOU-OS à sua sorte!

Essa sorte foi a morte desonrosa, sem julgamento e sem apelo nem agravo, à catanada, à paulada, etc.

HOMENS que NUNCA haviam sido derrotados no terreno, frente a frente com armas na mão pelo inimigo mais forte, foram PURA e barbaramente assassinados. 

Que fez a nossa corja política em Portugal por estes HOMENS?

NADA!

Ainda hoje assobiam para o lado e fazem de conta que não se passou NADA e de que não sabem NADA! 

Um país que perdeu a vergonha, a honra e a dignidade ao abandonar assim MUITOS dos seus melhores e mais fiéis soldados!

E mais, alguns deles que conseguiram fugir a tempo à barbárie e andam por aí, errantes e proscritos nesta Pátria que os DESERDOU, e não os reconhece como PORTUGUESES... repete-se QUE O... SÃO!  

Eu tenho VERGONHA e DESGOSTO, por esta passagem sangrenta e negra da nossa História! 

Treino intensivo
Marchas forçadas, corridas, etc.

Homens duros

Técnica de combate

Costas protegidas

Tiro em avanço

Bater o terreno
Corpo curvado para oferecer menor alvo e ser menos visível
Procura de camuflagem
Progressão em frente
Queda na máscara
Protecção junto ao solo

terça-feira, 26 de junho de 2012

M486 - Vergonha ou falta de Coragem? As duas juntas?

Vergonha, falta de Coragem ou as duas juntas?

1. O orgulho com que os Combatentes de guerra dos países sérios e dignos, com povos letrados e, pelo menos, bem informados, quer pelos media, quer pela leitura de livros interessantes, quer por mil conversas entre familiares e amigos, assumem e ostentam as suas velhas fardas, ou, à falta delas, de fato e gravata com as suas insígnias e divisas, é digno de menção e exaltação.

São Homens, para aqueles Homens que conhecem estimam e divulgam os valores e símbolos patrióticos, no mínimo... respeitavéis, digníssimos e admiráveis.

São a demonstração ASSUMIDA PESSOALMENTE, VIVA e inequívoca de educação e cultura de base... pelo amor patriótico! 

Eles, sempre que podem, apresentam-se nas cerimónias, nos desfiles e nos dias dos Veteranos de guerra, com o peito erguido e cabeça levantada, e os seus povos APRECIAM-NOS, REGOZIJAM-SE e APLAUDEM-NOS, agradecidos pelos seus esforços, sacrifícios, suores e sangue derramados no campo de batalha! 

Para eles, tão importante foi o soldado que combateu na frente, como o que esteve na rectaguarda assegurando os fornecimentos fundamentais à sua sobrevivência como os de alimentos e equipamentos: viaturas, munições, correio, etc.  

Então quando chegam os momentos de homenagear os seus soldados caídos em combate... é vê-los firmes e hirtos, em atitude de SAUDADE e ELEVADÍSSIMO respeito e admiração. 

2. E em Portugal?

No expoente máximo das cerimónias (opinião pessoal do autor deste artigo) - o dia 10 de Junho -, dia de Portugal, junto ao Monumento aos Combatentes da Guerra do Ultramar, em Belém, Lisboa.

Chegado aqui reencaminho o leitor para a leitura da mensagem M478, onde esta triste e lamentável matéria foi já tratada.


Pouco há a acrescentar ao que ali está escrito, reafirmando que dada a CONCLUSIVA  e IRREVERSÍVEL divisão dos Combatentes, a que não são alheias, ENTRE OUTRAS CAUSAS MAIS OU MENOS INFLUENTES, as numerosas e diversificadas associações, algumas delas nitidamente manipuladas por tendências e interesses politico-partidários.


Termina-se dizendo que, talvez num futuro, a 30 anos, os Combatentes sobreviventes, já com 90 e tal anos, consigam o que ninguém conseguiu até então, unir os ainda vivos e gritar a uma só voz: ASSUMIMOS SER COMBATENTES POR PORTUGAL E EXIGIMOS AO PODER POLÍTICO E AO POVO PORTUGUÊS RESPEITO E DIGNIDADE!

NOTA FINAL: Cuidado com os ratos de duas patas, cobardes e traidores, que por aqui gravitam à nossa volta, deturpando o sentido das palavras PÁTRIA e PATRIOTA.

Patrioteiros há muitos. Conspirando contra a Pátria são aos molhos...

Unidades inteiras, onde só não estão os militares entretanto e infelizmente já falecidos 

Uma, e outra, e outra, e outra... várias HORAS a desfilar!
E outra... aqui vai FIRME... a desfilar! 

E mais uma... ALTANEIRA, DECIDIDA e FIRME!

Um velho e orgulhoso comandante... só mais um!
No cemitério... não esqueceram.. envergam as fardas as medalhas e as suas insígnias! HOMENS com as letras TODAS e agá GRANDE! 

domingo, 24 de junho de 2012

M485 - RANGER Lino Ribeiro do 2º Curso de 1971 - Angola - 4 - Preparação e embarque helitransportada de uma operação contra o inimigo


Continuação das mensagens M462, M464 e M465.



RANGER Lino Ribeiro
2º Curso de 1971
Angola 1971/74 - 4

Preparação de operação helitransportada contra o inimigo 


Lembramos que o RANGER Lino cumpriu a sua comissão militar em Angola, 1971 a 1974, integrado na CART 3454 / BART 3861 (Companhia de Artilharia 3454 / Batalhão de Artilharia 3861), nas zonas de Zala e Quinguengue. 



Na Guerra do Ultramar foram utilizados helicópteros de concepção francesa, nomeadamente: Alouettes II e II, e Pumas.

Os helicópteros, como meio de transporte aéreo, permitiam, além de uma rápida mobilidade dos militares entre os mais distantes pontos dos territórios em conflito:

- optimizar sobremodo, em situações especiais, o fornecimento de munições, víveres e água;

- o apoio de fogo de protecção e auxílio às nossas tropas no terreno (especialmente com os célebres "lobos maus" - Alouettes III equipados com metralhadoras de 20 mm); 

- movimentações das tropas operacionais para locais de difícil acesso por meios terrestres e aquáticos;

- a evacuação expedita de feridos;

- o auxílio às populações locais sobe diversos aspectos, com destaque para doentes graves. 

Tropas dirigindo-se para os Pumas



Momentos do embarque
Um a um, os helis recebem os Homens e arrancam ar fora
Mais dois Pumas recebendo o pessoal
Motores em marcha... um Puma iniciando o seu voo 
Um Puma aguarda

Em pleno voo 

Verificação do estado do rotor de um Alouette III 

Fase de abastecimento 

Fotos: © Lino Ribeiro (2012). Direitos reservados.   

sábado, 23 de junho de 2012

M484 - 10 de Junho de 2012 - Instantâneos (7)


Continuação das mensagens M472, M473, M476, M478, M479 e M482

10 de Junho de 2012
Dia de Portugal
Belém/Lisboa 
Alguns instantâneos
(7) 


O Lindo e Magnífico Monumento edificado em memória dos Combatentes da Guerra do Ultramar, junto ao Forte do Bom Sucesso (em cuja parede exterior se encontram os nomes dos militares falecidos durante o conflito - acidentes, doenças, em combate, etc.), em Belém, Lisboa. 

No fim das cerimónias restaram as flores que murcharão, até serem renovadas, no próximo dia 10 de Junho de 2013. 

Soubessem e quisessem TODOS os portugueses e, por maior obrigação patriótica e moral, os nossos infelizes e incapazes POLÍTICOS, merecer tal monumento e tais Combatentes!

 São muitos os militares no activo, que se vão juntando aos velhos Combatentes, honrando e dignificando as cerimónias.

Que sejam eles o exemplo que o país necessita para re-levantar e valorizar os valores de patriotismo nacionais, uma vez que tais lhes são incutidos durante a fase de instrução militar, "coisa" esta, o patriotismo claro, que os políticos e demais portugueses apenas vêm na injecção futebolóide, que lhes é ministrada de manha, à tarde, á noite e de madrugada, pelas TVs, jornais, revistas, etc.

É bom que se diga que nada temos contra o futebol, gostamos dele como mais uma modalidade desportiva e apenas sobre este aspecto, resumido ao valor que tem: 22 pessoas a correr atrás de uma bola, 11 de cada lado tentando 11 enfiar a bola numa espécie de galinheiro que defendem os outros 11 e vice-versa.   

 Do lado direito vemos o Sr. D. Duarte de Bragança, ao centro o Sr. D. Francisco Van Uden, seu primo, individualidades que muito dignificam e honram estas cerimónias, já há muitos anos, sem falta!

 MR e o Delegado de Lisboa da Associação de Operações Especiais - RANGER Valentim, dirigindo-se para a deposição de uma coroa de flores em memória de TODOS os Combatentes falecidos em África, onde se incluem perto de duas centenas de RANGERS 

 MR e o Delegado de Lisboa da Associação de Operações Especiais - RANGER Valentim, num curto momento de meditação e respeito pelos mortos, que sucumbiram em combate... POR PORTUGAL!

 MR e o Delegado de Lisboa da Associação de Operações Especiais - RANGER Valentim, regressando à Tribuna de Honra 

 O RANGER Rosa Rodrigues, com a sua máquina fotográfica regista alguns instantâneos, enquanto o GE Diniz conversa com o COMANDO Lobo do Amaral

 O Monumento fica ainda mais belo com a decoração das numerosas flores, depostas pelas várias Associações e individualidades presentes no local 

Em 2013, assim Deus o permita, haja o que houver, lá estaremos novamente enquanto a saúde no-lo permitir

quinta-feira, 21 de junho de 2012

M483 - 10 de Junho de 2012 (7) - Discurso do Presidente da Comissão Organizadora das Comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, Prof. Doutor António Sampaio da Nóvoa


Continuação das mensagens M472, M473, M476, M478, M479 e M482.

Um pouco atrasado, mas não desactualizado. É surpreendente este discurso, proferido por um convidado do Sr. Presidente da República. 

10 de Junho de 2012
Dia de Portugal
Belém/Lisboa 
Alguns instantâneos
(7)

Discurso do Presidente da Comissão Organizadora das Comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, Prof. Doutor António Sampaio da Nóvoa 

Lisboa, 10 de junho de 2012 

As palavras não mudam a realidade. Mas ajudam-nos a pensar, a conversar, a tomar consciência. E a consciência, essa sim, pode mudar a realidade. 

As minhas primeiras palavras são, por inteiro, para os portugueses que vivem situações de dificuldade e de pobreza, de desemprego, que vivem hoje pior do que viviam ontem. 

É neles que penso neste 10 de Junho. 

A regra de ouro de qualquer contrato social é a defesa dos mais desprotegidos. Penso nos outros, logo existo (José Gomes Ferreira). É o compromisso com os outros, com o bem de todos, que nos torna humanos. 

Portugal conseguiu sair de um longo ciclo de pobreza, marcado pelo atraso e pela sobrevivência. Quando pensávamos que este passado não voltaria mais, eis que a pobreza regressa, agora, sem as redes das sociedades tradicionais. 

Começa a haver demasiados “portugais” dentro de Portugal. Começa a haver demasiadas desigualdades. E uma sociedade fragmentada é facilmente vencida pelo medo e pela radicalização. 

Façamos um armistício connosco, e com o país. Mas não façamos, uma vez mais, o erro de pensar que a tempestade é passageira e que logo virá a bonança. Não virá. Tudo está a mudar à nossa volta. E nós também. 

Afinal, a História ainda não tinha acabado. Precisamos de ideias novas que nos deem um horizonte de futuro. Precisamos de alternativas. Há sempre alternativas. 

A arrogância do pensamento inevitável é o contrário da liberdade. E nestes estranhos dias, duros e difíceis, podemos prescindir de tudo, mas não podemos prescindir nem da Liberdade nem do Futuro. 

O futuro, Minhas Senhoras e Meus Senhores, está no reforço da sociedade e na valorização do conhecimento, está numa sociedade que se organiza com base no conhecimento. 

Há a liberdade de falar e há a liberdade de viver, mas esta só existe quando se dá às pessoas a sua irreversível dignidade social (Miguel Torga). 

Gostaria de recordar o célebre discurso de Franklin D. Roosevelt, proferido num tempo ainda mais difícil do que o nosso, em 1941. A democracia funda-se em coisas básicas e simples: igualdade de oportunidades; emprego para os que podem trabalhar; segurança para os que dela necessitam; fim dos privilégios para poucos; preservação das liberdades para todos. 

Numa situação de guerra, Roosevelt sabia que os sacrifícios têm de basear-se numa forte consciência do social, do interesse coletivo, uma consciência que fomos perdendo na vertigem do económico; pior ainda, que fomos perdendo para interesses e grupos, sem controlo, que concentram a riqueza no mundo e tomam decisões à margem de qualquer princípio ético ou democrático. É uma “realidade inaceitável”. 

Em mar de águas revoltas, é preciso manter o rumo, ter a sabedoria de separar o acessório do fundamental. A Europa não é uma opção, é a nossa condição. Uma Europa com uma nova divisa: liberdade, diversidade, solidariedade. 

A Europa é o nosso futuro, mas não nos iludamos. Ou nos salvamos a nós, ou ninguém nos salva (Manuel Laranjeira). Falemos, pois, de Portugal e dos portugueses. 

Pelo Tejo fomos para o mundo… mas quantas vezes estivemos ausentes dentro de nós? Preferimos a Índia remota, incerta, além dos mares, ao bocado de terra em que nascemos (Teixeira de Pascoaes). 

A Terra ou o Mar? Portugal ou o Mundo? A pergunta foi feita por todos aqueles que pensaram Portugal. 

No final do século XIX, um homem da Geração de 70, Alberto Sampaio, explica que as nossas faculdades se atrofiaram para tudo que não fosse viajar e mercadejar. Nunca nos preocupámos com a agricultura, nem com a indústria, nem com a ciência, nem com as belas-artes. As riquezas que fomos tendo “mal aportavam, escoavam-se rapidamente, porque faltava uma indústria que as fixasse”, e o património da comunidade, esse, “em vez de enriquecer, empobrecia”. 

Nos momentos de prosperidade não tratámos das duas questões fundamentais: o trabalho e o ensino. Nos momentos de crise é tarde: fundas economias na administração aumentariam os desempregados, e para a reorganização do trabalho falta o capital; falta o tempo, porque a fome bate à porta do pobre. Então a emigração é o único expediente: silenciosa e resignadamente cada um vai partindo, sem talvez uma palavra de amargura. 

Este texto foi escrito há 120 anos. O meu discurso poderia acabar aqui. Em silêncio.

Senhor Presidente da República, 
Minhas Senhoras e Meus Senhores, 

É esta fragilidade endémica que devemos superar. O heroísmo a que somos chamados é, hoje, o heroísmo das coisas básicas e simples – oportunidades, emprego, segurança, liberdade. O heroísmo de um país normal, assente no trabalho e no ensino. 

Parece pouco, mas é muito, o muito que nos tem faltado ao longo da história. 

Porque Portugal tem um problema de organização dentro de si: 

- Num sistema político cada vez mais bloqueado; 

- Numa sociedade com instituições enfraquecidas, sem independência, tomadas por uma burocracia e por uma promiscuidade que são fonte de corrupção e desperdício; 

- Numa economia frágil e sem uma verdadeira cultura empresarial. 

Estão a surgir, é certo, sinais de uma capacidade de adaptação e de resposta, de baixo para cima. Precisamos de transformar estes movimentos numa ação sobre o país, numa ação de reinvenção e de reforço da sociedade. 

Chegou o tempo de dar um rumo novo à nossa história. 

Portugal tem de se organizar dentro de si, não para se fechar, mas para se abrir, para alcançar uma presença forte fora de si. 

Não conseguiremos ser alguém na Europa e no mundo, se formos ninguém em nós. 

Não é por sermos um país pequeno que devem ser pequenas as nossas ambições. O tamanho não conta; o que conta, e muito, é o conhecimento e a ciência.

Senhor Presidente de República, 

O convite de V. Ex.ª, que muito agradeço, é um gesto de reconhecimento das universidades e do seu papel no futuro de Portugal. 

Em Lisboa, na célebre Conferência do Casino (1871), Antero disse o essencial: A Europa culta engrandeceu-se, nobilitou-se, subiu sobretudo pela ciência: foi sobretudo pela falta de ciência que nós descemos, que nos degradámos, que nos anulámos. 

Antero tinha razão e o século XX ainda mais razão lhe veio dar. O drama de Portugal, do nosso atraso e da nossa dependência, tem sido sempre o afastamento de sociedades que evoluíram graças ao conhecimento e à ciência. 

Nas últimas décadas, realizámos um esforço notável no campo da educação (da escola pública), das universidades e da ciência. 

Pela primeira vez na nossa história, começamos a ter a base necessária para um novo modelo de desenvolvimento, para um novo modelo de organização da sociedade. 

É uma base necessária, mas não é ainda uma base suficiente. 

Existe conhecimento. Existe ciência. Existe tecnologia. Mas não estamos a conseguir aproveitar este potencial para reorganizar a nossa estrutura social e produtiva, para transformar as nossas instituições e empresas, para integrar uma geração qualificada que, assim, se vê empurrada para a precariedade e para o desemprego. 

É este o nosso problema: a ligação entre a universidade e a sociedade. É esta a questão central do país: uma organização da sociedade com base na valorização do conhecimento. 

Insisto. Apesar de todos os contratempos, Portugal tem hoje uma capacidade instalada, nas universidades e na ciência, que nos permite sair de uma posição menor, periférica, e superar o fosso tecnológico que se cavou entre nós e a Europa. 

Não temos tempo para hesitações. As universidades vivem de liberdade, precisam de ser livres para estarem à altura do que a sociedade lhes pede. 

É por aqui que passa o nosso futuro, pela forma como conseguirmos ligar as universidades e a sociedade, pela forma como conseguirmos que o conhecimento esteja ao serviço da transformação das nossas instituições e das nossas empresas. 

É por aqui que passa o nosso futuro, um outro futuro para Portugal.

Minhas Senhoras e Meus Senhores, 

Também Lisboa se está a transformar graças à criação, à energia da cultura e da ciência, graças aos estudantes que aqui chegam de todas as partes do mundo. 

Lisboa é dos poetas. Em abril, a poesia esteve na rua e fez-nos emergir da noite e do silêncio. A poesia volta sempre à rua, através desta língua que é a nossa mátria, desta língua que nos permite estar connosco e com os outros, nas comunidades que nos multiplicaram pelo mundo e nos países que são parte de nós. 

25 anos depois, não esqueço José Afonso: Enquanto há força, cantai rapazes, dançai raparigas, seremos muitos, seremos alguém, cantai também. 

Cantemos todos. Por um país solidário. Por um país que assegura o direito às coisas básicas e simples. Por um país que se transforma a partir do conhecimento. 

Não podemos ser ingénuos. Mas denunciar as ingenuidades não significa pôr de lado as ilusões, não significa renunciar à busca de um país liberto, de uma vida limpa e de um tempo justo (Sophia). 

Foi esta busca que me trouxe ao Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.

Ver no Youtube filme, em:


quarta-feira, 20 de junho de 2012

M482 - 10 de Junho de 2012 - Instantâneos (6)



Continuação das mensagens M472, M473, M476, M478 e M479 



10 de Junho de 2012

Dia de Portugal

Belém/Lisboa 

Alguns instantâneos
(6)

O RANGER Morais não faltou 
Tropas COMANDOS deram outra força e outra vida ao majestoso monumento
Entoou-se o Hino Nacional com emoção
O GE Lameiras foi o porta-estandarte da Associação dos Grupos Especiais e Grupos Especiais Para-quedistas 
O GE Lameiras entre a multidão 
Dário Venâncio Combatente em Moçambique e habitual porta-guião do seu batalhão
 A patusca Erica (neta do Vitor Lobo), como sempre, fazendo a sua continência à esquerda
 O patusco Joaozinho filho de um Homem dos COMANDOS africanos da Guiné 


Fotos: © MR (2012). Direitos reservados.   

terça-feira, 19 de junho de 2012

M481 - Napoleão Bonaparte classificava seus soldados em quatro tipos:

Napoleão Bonaparte classificava seus soldados em quatro tipos:


1º Os inteligentes com iniciativa;

2º Os inteligentes sem iniciativa;

3º Os ignorantes sem iniciativa;

4º Os ignorantes com iniciativa.

1º- Aos inteligentes com iniciativa, Napoleão dava as funções de comandantes gerais... estrategistas.

2º- Os inteligentes sem iniciativa, Napoleão deixava-os como oficiais para receberem ordens superiores... para cumpri-las com diligência.

3º- Os ignorantes sem iniciativa, Napoleão colocava-os na frente da batalha - eram buchas de canhão (como dizemos vulgarmente).

4º- Os ignorantes com iniciativa, Napoleão mandava-os fuzilar. Não os queria nos seus exércitos.

- Um ignorante com iniciativa é capaz de fazer besteiras enormes e depois dissimuladamente, tentar ocultá-las.

- Um ignorante com iniciativa faz o que não deve, fala o que não deve, até se envolve com quem não deve e depois diz que não sabia de nada.

- Um ignorante com iniciativa faz perder boas idéias, bons projetos, bons clientes, bons fornecedores e bons homens públicos.

- Um ignorante com iniciativa produz sem qualidade, porque resolve alterar processos definidos e consagrados.

- Um ignorante com iniciativa é, portanto, um grande risco para o desenvolvimento e o progresso de qualquer empresa e governo.

Nem Napoleão os queria, nem nós precisamos deles!

Você identifica na sua vida diária, na sua empresa e no DESgoverno do país os quatro tipos de soldados de Napoleão? 

E o que fazemos com cada tipo?

Você sabe livrar-se dos ignorantes com iniciativa ?

As eleições chegarão em BREVE... PONDERE LIVRAR-SE DELES!

TODOS!