O RANGER Luís Nabais cumpriu a sua comissão na Guiné, entre 1969 e 1971, na CCS do BCaç. 2885, enviou o seguinte texto e fotos:
No meu tempo as coisas não eram bem como no teu M.R.
Fiz o curso de Oficiais Milicianos em Mafra em 1966 e segui para Beja dar instrução a recrutas (2 turnos), tendo depois formado Batalhão.
Era então que nos surgia o "terror" dos Rangers.
Era habitual o aspirante miliciano mais velho de cada companhia ir para Lamego, enquanto o mais novo ia frequentar o curso de minas e armadilhas em Tancos.
A antiguidade media-se pela classificação em Mafra, e não havia voluntários, a não ser à força.
É certo que iam sempre, não um mas dois (um aspirante e um sargento) por companhia, que eram submetidos a testes físicos, para determinar quem ficava .
Era quem mais se baldava nos testes, já que aquilo, em Penude, era tido como um inferno.
Portanto, os aspirantes levavam para lá já uns meses muito largos de tropa, bem como o sargento (regra geral um furriel miliciano), também seleccionado em testes idênticos.
Soube que, posteriormente, as coisas mudaram no C.I.O.E., e pelo que leio no teu blogue e noutros do género, para bem melhor.
Quando se acabava o curso, onde durante 3 longos e penosos meses éramos treinados como máquinas de guerra a nível de companhia, e no fim da rigorosa e duríssima instrução distribuíam-nos, triste e incompreensivelmente, por diversas companhias e batalhões, onde sentíamos a sensação de que algo falhava. É como diz um camarada noutra mensagem mais antiga: tínhamos uma preparação acima do normal, mas apenas dois de nós integrávamos um pelotão. E o resto da malta a que nos juntavam que treino tinham?
O curso RANGER era dado só a graduados e assim sentíamo-nos mal! Facilmente constatávamos que cada grupo de combate era completamente desequilibrado!
No meu tempo as coisas não eram bem como no teu M.R.
Fiz o curso de Oficiais Milicianos em Mafra em 1966 e segui para Beja dar instrução a recrutas (2 turnos), tendo depois formado Batalhão.
Era então que nos surgia o "terror" dos Rangers.
Era habitual o aspirante miliciano mais velho de cada companhia ir para Lamego, enquanto o mais novo ia frequentar o curso de minas e armadilhas em Tancos.
A antiguidade media-se pela classificação em Mafra, e não havia voluntários, a não ser à força.
É certo que iam sempre, não um mas dois (um aspirante e um sargento) por companhia, que eram submetidos a testes físicos, para determinar quem ficava .
Era quem mais se baldava nos testes, já que aquilo, em Penude, era tido como um inferno.
Portanto, os aspirantes levavam para lá já uns meses muito largos de tropa, bem como o sargento (regra geral um furriel miliciano), também seleccionado em testes idênticos.
Soube que, posteriormente, as coisas mudaram no C.I.O.E., e pelo que leio no teu blogue e noutros do género, para bem melhor.
Quando se acabava o curso, onde durante 3 longos e penosos meses éramos treinados como máquinas de guerra a nível de companhia, e no fim da rigorosa e duríssima instrução distribuíam-nos, triste e incompreensivelmente, por diversas companhias e batalhões, onde sentíamos a sensação de que algo falhava. É como diz um camarada noutra mensagem mais antiga: tínhamos uma preparação acima do normal, mas apenas dois de nós integrávamos um pelotão. E o resto da malta a que nos juntavam que treino tinham?
O curso RANGER era dado só a graduados e assim sentíamo-nos mal! Facilmente constatávamos que cada grupo de combate era completamente desequilibrado!
De que nos servia a capacidade de reacção, se os restantes homens não estavam ao nosso nível?
Quando me perguntam, eu digo que gostei de ser RANGER, e garanto que nunca comi tão bem na tropa como na Messe de Oficiais (no centro de Lamego).
Gostei, e pronto.
Nunca falei nesta fase da minha vida, e dificilmente voltarei a falar no assunto (o que lá vai, lá vai), mas queria deixar este depoimento dizendo que, no meu tempo - 1966 -, nós não éramos voluntários, mas sim seleccionados à... "força".
Segundo me contaste MR, em 1973, além dos voluntários (havia sempre alguns "malucos"), os restantes instruendos e cadetes necessários para completar os 5 grupos de combate (2 de cadetes e 3 de instruendos, que constituíam a companhia de instrução no C.I.O.E.), eram "escolhidos" entre os demais recrutas, tanto no R.I.5 - Caldas da Rainha, como em Mafra e, posteriormente, submetidos "voluntariamente" a provas psicotécnicas e físicas.
A minha guerra
Terminada a instrução e formado o batalhão, já como alferes miliciano, cumpri a minha comissão na Guiné, em Mansoa, entre 1969 e 1971, na CCS do BCaç. 2885.
Um destes dias conto-te mais qualquer coisa sobre as coisas boas e más desta minha inesquecível e aventurosa experiência.
O meu após guerra
Findo o período de guerra retomei, aos poucos, a vida normal, tendo-me dedicado com grande paixão e afinco a uma modalidade que muito aprecio "tiro com arco".
Consegui ser campeão nacional dois anos seguidos, em 1980 e 1981.
Fui ao Campeonato da Europa onde fiquei num honroso 30º lugar em 1979.
Consegui ainda a 4ª marca mundial em tiro de caça (caça simulada com alvos representando animais), mas com um número de tiros/alvos que deixou de existir no ano seguinte, não tendo sido homologado.
Pelo RANGER Luís Nabais
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