terça-feira, 31 de março de 2009

M73 - Quartel em Mansoa, na Guiné, nos anos 70 e na actualidade (Visto pelo google)

Quartel em Mansoa - Guiné - 1974

Quartel de Mansoa visto em 2009 (google) com as indicações da localização das diversas instalações, nos anos 70.




















Arriar da bandeira nacional em 9 de Setembro de 1974, perante os Comandantes da Companhia de Comandos e Serviços do Batalhão de Caçadores 4612/74

Formatura de Soldados da CCS do BCAÇ 4612/74)


Panorama da porta de armas


Vista geral do quartel de cima do depósito da água



Ajardinamento central (Foto de César Dias)










Tabanca 2 do BCaç. 2885, nos arredores do Quartel em Mansoa - Guiné - Anos 70 (Fotos de César Dias)

Aspecto da bolanha e do arrozal






Tabanca 2 do BCaç. 2885, nos arredores do quartel (Fotos de César Dias) 

Oficina mecânica-auto (Fotos de Oliveira Marques)








Instalações, frente ao quartel, onde viviam os Comandantes




Helicópteros Alouettes III no heliporto


Alouette III sobrevoando o quartel


Refeitório em hora de serviço

















Ponte sobre o rio Mansoa (Foto de Augusto Borges)


A bela e bem conservada Igreja da Vila de Mansoa


Um dos 3 obuses de 140 mm, que se encontravam  dispostos na quadrícula

M72 - RANGER Luís Nabais 1966 - 1971

O RANGER Luís Nabais cumpriu a sua comissão na Guiné, entre 1969 e 1971, na CCS do BCaç. 2885, enviou o seguinte texto e fotos:

No meu tempo as coisas não eram bem como no teu M.R.

Fiz o curso de Oficiais Milicianos em Mafra em 1966 e segui para Beja dar instrução a recrutas (2 turnos), tendo depois formado Batalhão.

Era então que nos surgia o "terror" dos Rangers.

Era habitual o aspirante miliciano mais velho de cada companhia ir para Lamego, enquanto o mais novo ia frequentar o curso de minas e armadilhas em Tancos.

A antiguidade media-se pela classificação em Mafra, e não havia voluntários, a não ser à força.

É certo que iam sempre, não um mas dois (um aspirante e um sargento) por companhia, que eram submetidos a testes físicos, para determinar quem ficava .

Era quem mais se baldava nos testes, já que aquilo, em Penude, era tido como um inferno.

Portanto, os aspirantes levavam para lá já uns meses muito largos de tropa, bem como o sargento (regra geral um furriel miliciano), também seleccionado em testes idênticos.

Soube que, posteriormente, as coisas mudaram no C.I.O.E., e pelo que leio no teu blogue e noutros do género, para bem melhor.

Quando se acabava o curso, onde durante 3 longos e penosos meses éramos treinados como máquinas de guerra a nível de companhia, e no fim da rigorosa e duríssima instrução distribuíam-nos, triste e incompreensivelmente, por diversas companhias e batalhões, onde sentíamos a sensação de que algo falhava. É como diz um camarada noutra mensagem mais antiga: tínhamos uma preparação acima do normal, mas apenas dois de nós integrávamos um pelotão. E o resto da malta a que nos juntavam que treino tinham?

O curso RANGER era dado só a graduados e assim sentíamo-nos mal! Facilmente constatávamos que cada grupo de combate era completamente desequilibrado!



De que nos servia a capacidade de reacção, se os restantes homens não estavam ao nosso nível?

Quando me perguntam, eu digo que gostei de ser RANGER, e garanto que nunca comi tão bem na tropa como na Messe de Oficiais (no centro de Lamego).

Gostei, e pronto.

Nunca falei nesta fase da minha vida, e dificilmente voltarei a falar no assunto (o que lá vai, lá vai), mas queria deixar este depoimento dizendo que, no meu tempo - 1966 -, nós não éramos voluntários, mas sim seleccionados à... "força".

Segundo me contaste MR, em 1973, além dos voluntários (havia sempre alguns "malucos"), os restantes instruendos e cadetes necessários para completar os 5 grupos de combate (2 de cadetes e 3 de instruendos, que constituíam a companhia de instrução no C.I.O.E.), eram "escolhidos" entre os demais recrutas, tanto no R.I.5 - Caldas da Rainha, como em Mafra e, posteriormente, submetidos "voluntariamente" a provas psicotécnicas e físicas.

A minha guerra
Terminada a instrução e formado o batalhão, já como alferes miliciano, cumpri a minha comissão na Guiné, em Mansoa, entre 1969 e 1971, na CCS do BCaç. 2885.

Um destes dias conto-te mais qualquer coisa sobre as coisas boas e más desta minha inesquecível e aventurosa experiência.

O meu após guerra



Findo o período de guerra retomei, aos poucos, a vida normal, tendo-me dedicado com grande paixão e afinco a uma modalidade que muito aprecio "tiro com arco".

Consegui ser campeão nacional dois anos seguidos, em 1980 e 1981.

Fui ao Campeonato da Europa onde fiquei num honroso 30º lugar em 1979.

Consegui ainda a 4ª marca mundial em tiro de caça (caça simulada com alvos representando animais), mas com um número de tiros/alvos que deixou de existir no ano seguinte, não tendo sido homologado.

Pelo RANGER Luís Nabais



domingo, 22 de março de 2009

M71 - Fotos do RANGER Francisco Baltazar - 2º Curso de 1973

Fotos cedidas pelo RANGER Francisco Baltazar, que frequentou o 2º Curso de 1973, tendo ficado em Penude mais 2 cursos a monitorizar instrução a novos RANGERS.

Findo o período no C.I.O.E., o RANGER Baltazar partiu para Angola onde cumpriu a sua comissão na 1ª Companhia de Artilharia do Batalhão 6222/73, Quibaxe - 1974/75.

M70 - Condecoração do C.I.O.E. com a ORDEM MILITAR DA TORRE E ESPADA, DO VALOR, LEALDADE E MÉRITO (Revista "O RANGER" Nº 6, de Dezembro 2000)


No ano 2000, o C.I.O.E. recebeu das mãos do Sr. Presidente da Républica - Dr. Jorge Sampaio -, a ORDEM MILITAR DA TORRE E ESPADA, DO VALOR, LEALDADE E MÉRITO (extraído da revista Nº 6 "O RANGER" de Dezembro de 2000). 

sábado, 21 de março de 2009

M69 - Fotos do RANGER Rosa Rodrigues - 3º Curso de 1972

 

RANGER/GE Joaquim Rodrigues
Curso: 2º de 1972
Posto: 
Furriel Miliciano

Comissão militar em: Moçambique
Unidade: Grupo Especial 106 "GOGOIAS"
Locais por onde transitou em Moçambique: Marrupa (Niassa).
Anos em que cumpriu a sua comissão: 1973 a 1974


Um soldado GE equipado a rigor 
Uma formatura de um Grupo Especial 

 A  revista  e os retoques habituais: "Aperte esse botão". "Meta as fraldas para dentro das calças".
Na foto, junto ao RANGER Rosa Rodrigues, está o Alferes Miliciano RANGER Martins, que era o Comandante do GE 106 
 Pose para a foto
 Ataque e incendiamento de um aldeamento inimigo, que em Moçambique era a FRELIMO
 Inimigo em debandada e as palhotas a arder
 Hora do tacho... era hora de paragem e de ração de combate

RANGERS Martins e Rodrigues, confraternizando com os seus Homens e as respectivas famílias 
Com alguns dos seus Homens
Momentos de convívio, repouso e descontracção
4 eternos Amigos: Furriel Miliciano Atirador de Infantaria GE Brito e os RANGERS GE Feio, Folha e Rodrigues
 
Emblema e guião de colecção: © Carlos Coutinho (2011). Direitos reservados. 

Fotografias: © Joaquim Rodrigues (2011). Direitos reservados. 


sábado, 14 de março de 2009

M68 - Fotos do RANGER Fernandes - 4º Curso de 1971

RANGER Agostinho Fernandes
4º Curso de 1971

Cumpriu a sua comissão em Angola, na CART 3881 - Companhia de Artilharia 3881, - Quitapa/Nova Gaia, Lutembo, Luanguinga, Mucanda e Lufuta, no Leste de Angola, 1972 a 1974 e é um dos Homens que se Orgulha e Honra, assumindo como bom português de ter cumprido com o seu melhor esforço e sacrifício que a Pária na altura lhe pedia, partindo 

para uma guerra, de quem sabia se voltava ao seio da sua família um dia, vivo e inteiro. 


Juntou-se aos demais portugueses que não fugiram e hoje vê com estranheza serem condecoradas, pelos mais altos cargos do Estado, por feitos "caganita", só porque quer despachar algum metal com pompa e circunstância. 



Talvez ainda os Combatentes da Guerra do Ultramar ainda vejam, um dia, algum político PATRIOTA a chamá-los, num qualquer lugar deste país, e mostrar aos demais portugueses, principalmente aos mais novos, que um dia a quase totalidade de uma geração de jovens lusos - 21/23 anos -, combateu em África em nome desta Pátria que ainda amamos.






M67 - Fotos do RANGER Magalhães Ribeiro - 4º Curso de 1973

Fotos do RANGER Magalhães Ribeiro, que frequentou o 4º Curso de 1973. 


Cumpriu a sua comissão na Guiné, em 1974, na C.C.S. do B.Caç. 4612/74 - Cumeré, Mansoa e Brá. 

M66 - Fotos de instrução do C.I.O.E. nos anos 60 (RANGER Henriques)

Fotos de instrução normal de infantaria, no C.I.O.E. anos 60, cedidas pelo RANGER Henriques.
O curso de Operações Especiais/RANGERS, inclui a instrução normal de infantaria e o curso propriamente dito.
Vários candidatos a RANGERS, costumam perguntar-nos, amiudemente, em que consta a instrução das Operações Especiais/RANGERS.
Querem com certeza saber pormenores do curso.
Houve em tempos um ex-Furriel Miliciano RANGER, que me disse em amena conversa sobre a matéria que, divulgar aspectos por mínimos que sejam, da instrução do curso e, especialmente das Operações Especiais, devia ser considerado alta traição à Pátria.
- Porquê, perguntei eu?
- Porque tal deve constituir tabu. Imagina o que é divulgar a estratégia de instrução e a mesma ser lida, e praticada na prática por grupos inimigos. Gostavas de combatê-los de igual para igual?
Se isto me fosse dito por alguém estranho ou "suspeito", poderia considerar-se um qualquer devaneio ou eventual paranóia!
Mas não, obriga-nos a pensar!
Ser RANGER, como dizem alguns, é um modo de estar na vida, ou é uma qualidade/virtude complementar de educação e treino, que se adquire para o resto das nossas vidas, e que, instintivamente, aplicamos e praticamos no dia a dia, mesmo depois, na vida civil, para o bem e para o mal.
Dadas as elevadas exigências de equilíbrio psíquico e preparação física, não é RANGER qualquer um.
Só o é quem quer e muito mais... quem pode!
Além disso, o candidato tem que ter Vontade e Valor que baste, aliados a um grande espírito de sacrifício pessoal.
Outro velho RANGER, disse-me um dia:
- Imagina o pessoal de um curso nosso facilitado/abandalhado, ser chamado a cumprir uma missão de alto risco onde quer que seja, com inimigos daqueles a sério que atiram a matar. O pessoal mal treinado vai e é todo chacinado, sem provocar danos significativos entre as hostes inimigas. Como é depois?
Por isso, pesando todos os factores em jogo na actual conjuntura mundial, quando me perguntam o que eu penso, não estando felizmente o nosso país em guerra, e Deus o permita nunca mais o esteja, digo:
- O amanhã ninguém sabe o que será. Assim, tal como se exigia "ontem" em tempo de guerra, dadas as eventuais probabilidades de, a qualquer momento, Portugal ou a Europa a que pertencemos, entrar em conflito, devem os responsáveis máximos da Nação, manter o implacável e rigoroso treino, constante e devidamente modernizado.

terça-feira, 3 de março de 2009

M65 - QUERES SER RANGER? Vê as Condições de Admissão


QUERES SER RANGER? Se não conseguires ver as Condições de Admissão (aqui anexas), faz assim: clica 2 vezes sobre o documento que queres ler e, ou, imprimir. Ele abre em tamanho A-4. ~


Panfletos emitidos pelo C.T.O.E. - Centro de Tropas de Operações Especiais - Unidade situada na belíssima cidade de Lamego


Diferentes? Assumidamente!

Homens que,
São a plenitude da Vontade
Indómitos… d’imenso Valor
Dobram qualquer adversidade
Sob as agruras do frio ou do calor

Homens que,
Vencem vales e montanhas
Ostracisam a sede e a fome
E nas missões mais estranhas
Não têm número... nem nome

Homens que,
Actuam no seio do perigo
Insensíveis ao incómodo e à dor
E embora respeitem o inimigo
Desconhecem o que é o temor

Homens que,
No combate são implacáveis e sagazes
Avançam firmes e determinados
E como Deus protege os audazes
São divinamente abençoados

Mas, afinal…
Quem são estes HOMENS colossais…
Que no mundo não têm igual…
Que têm Camões e a Pátria com’ideais?
São os RANGERS de Portugal! 


RANGER...
Tu que despontas por bandas de Lamego,
no seio do rude pó das esteiras de Penude,
qu’emerges pleno das neblinas do Balsemão,
e és temperado nas agrestes lezírias do Távora.

Tu que rasgas as brumas das duras giestas,
que dominas as penumbras dos receios,
e vences o frio, as geadas, os ventos...
o calor e as demais agressivas adversidades.

Tu que resistes à fome, à sede, ao cansaço...
que desafias e cumpres a missão impossível,
e dobras as mil tormentas das Meadas,
esmiuçando, uma a uma, as pedras da calçada.

Tu que te moves no silêncio… de surpresa...
que, em acção, deslizas sublime como a brisa,
e no combate és o mais terrível predador,
implacável, eficaz, audaz e fatal.

Tu que repudias a desditosa e vil hipocrisia,
que abjuras a cobardia e a traição,
e à Pátria és felino fidedigno e feroz,
pronto a aniquilar seja qual for o inimigo.

Tu que provas o teu valor na paz e na guerra,
tal que faz eco a constância da tua veterania,
lés a lés p’la honra deste Portugal que amas,
cujo nome retumba por mares e terras além.

RANGER...

Tu és por ínfimo e fino detalhe um predestinado,
eleito por Deus sentinela desta Pátria,
Homem d’armas atento à conspiração infiel,
e, se for caso tal, até ao suspiro derradeiro.