terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

M309 - 50º Aniversário do iníco da Guerra do Ultramar

50º Aniversário do iníco da Guerra do Ultramar
Em 4 de Fevereiro de 1961, estalaram na baixa de Luanda (Angola) as primeiras acções de terrorismo urbano despoletados por quatro grupos de cerca de 2 centenas de nativos, contra a soberania portuguesa naquele território africano, mais precisamente atacando a esquadra da PSPA e uma esquadra da 1ªCPM" e duas cadeias, onde se encontravam detidos alguns "nacionalistas".
Foi o início de uma Guerra que se prolongou por 13 anos, em que os portugueses demonstraram que apesar de não terem sido melhor armados que o inimigo, estiveram à altura de resposta adequada.
Dizem os entendidos sem conotações político~partidárias, que em Abril de 1974 a guerra em Angola estava praticamente acabada, em Moçambique estava a caminho do fim e na Guiné o P.A.I.G.C. com as notáveis perdas que sofreu em 1973 estava muito perto do fim.
Dedicatória do Jornal "METRO" ao 50º Aniversário do início da Guerra do Ultramar
Pelo nosso país fora notaram-se algumas abordagens à data, umas mais felizes que outras, quase todas ao de leve, já que se denota que entre os mais jovens o desconhecimento deste capítulo da nossa história é notório.
Foram quase 10.000 os mortos na guerra, muitos milhares de estropiados fisicamente e não menos grave os muitos milhares, que ainda hoje sofrem de stress-pós traumático.
Os sucessivos governos movidos por obscuros e infelizes interesses anti-patrióticos, apenas se têm preocupado com o seu bem-estar e enriquecimento, bem como dos seus amigos e protegidos.
75 Euros uns e 100 Euros outros, é quanto acham os políticos portugueses que valem os ex-Combtantes nacionais, que durante meses a fio enfrentaram, em muitos casos, as mais adversas e impensáveis condições de estadia e doenças, além de privações de toda a ordem.
Verdade seja dita que muitos dos ex-Combatentes jamais se fizeram respeitar, mantendo posturas miseráveis de mendigos desgraçados, na tentiva de caçarem mais uns tantos euritos ao governo, dando uma trsite e condenável imagem de si mesmos.
Limpar essa auréola não vai ser fácil, por um lado, e dada a aberrante e amorfa qualidade dos nossos políticos dificilmente, ou nunca, serão os ex-militares da guerra tratados como são admirados e respeitados os seus homónimos nos países a sério. 

E muitos dos ex-Combatentes pedem tão pouco: 

- tratamento adequado e gratuito para todos aqueles que ainda hoje sofrem das mazelas da guerra;
- a contagem do tempo da tropa para efeitos de reforma;
e, acima de tudo:
-RESPEITO!
Os erros, por vezes, pagam-se caros e creio eu os ex-Combatentes estão a pagá-los bem alto.
Artigo redigido com a colaboração do Amigo e Combatente Abreu dos Santos

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