sábado, 28 de janeiro de 2012

M399 - OS RANGERS do 4º curso de 1972 voltam a estar de luto

OS RANGERS do 4º curso de 1972
 voltam a estar de luto

Lembrando aqueles que gritaram RANGER na mesma parada de Penude, beberam da mesma água, treparam as Meadas, suaram as mesmas rochas e comeram do mesmo pó. Jamais serão esquecidos por nós, os RANGERS Humberto Duarte, Carlos Aguiar e Tomás de Aquino 




FALECEU o RANGER TOMÁS DE AQUINO
(Sócio da AOE nº 1.199)


O corpo está desde as 17h00 de ontem, 6ª feira dia 27 de Janeiro, em câmara ardente na Igreja de Algueirão em Mem Martins.


Hoje, sábado dia 28 será cremado por volta das 16h00.


A Direcção da AOE agradece aos Rangers (sócios ou não) e Amigos, que possam participem nas honras fúnebres a este nosso Camarada.


Eles eram Amigos!
Eles eram divertidos!
Eles eram RANGERS a sério!
Eles eram Homens de rija estirpe!
DIFERENTES & INVULGARES!
Eles iam a todas as que podiam!
Eles estava nas festas e cerimónias!
Eles sabiam ser alegres e sorrir!  


ESTES RANGERS NÃO MORREM... MARCAM NOVO ENCONTRO! 


QUE DEUS OS GUARDE E PROTEJA!

domingo, 22 de janeiro de 2012

M398 - ATENÇÃO RANGERS DE LISBOA & ARREDORES


ATENÇÃO RANGERS DE LISBOA & ARREDORES

TODOS OS SÁBADOS A PARTIR DAS 19H30

UM ESPAÇO DISPONÍVEL PARA JANTARMOS E CONVIVERMOS 

( acerca de 500 metros do Estádio da Luz)


Camaradas RANGERS, Familiares & Amigos,

Para vossa informação e divulgação:

O RANGER Agostinho Ribeiro (um daqueles RANGERS plenamente imbuído do espírito de amizade e camaradagem), disponibiliza o seu estabelecimento, para quem se quiser reunir ou organizar quaisquer convívios na área de Lisboa. 

O seu estabelecimento é o nosso ponto de referência e encontro, na grande área de Lisboa e arredores, até nos disponibilizarem um local para instalarmos a nossa delegação oficial. 

Até lá, não dispensando nunca a hipótese de SEMPRE aqui nos encontrarmos, proponho que nos juntemos ali todos os sábados para jantar e conviver.

Não interessa quantos somos. Nunca se esqueçam que o nosso querido e estimado lema RANGER, é: "Que os muitos por ser poucos nam temamos"!

Não tememos pois, como nunca NADA tememos, e avancemos todos os sábados a partir das 19h30.

Assim ficam aqui os contactos e algumas fotografias do local:

Estrada da Luz, N.º 161 A
1600-154 LISBOA
Telf. - 915 409 199 (RANGER Ribeiro)

Coordenadas:
N 38º 45' 16.00"
W 9º 10' 30.79"

BEM HAJAM !!
RANGER 4EVER !!!!





Enviado pelo RANGER J. Encarnação

APAREÇAM!
 CONVIVAM!
Porque esta vida são dois dias!
A vida é curta, as pseudo-crises são infinitas e jamais acabarão dados os obscuros interesses políticos e capitalistas em jogo.


Assim, o convívio com os nossos Amigos e Camaradas, é e será um dos melhores tónicos para ultrapassarmos as vicissitudes desta vida marada e madrasta, em que nós - RANGERS -, somos mestres a sobreviver, como muito bem sabeis por experiência própria... eheheheheheheh... 

sábado, 14 de janeiro de 2012

M397 - A boina e as insígnias militares- Um sinal de Orgulho e Patriotismo

O uso da boina e das insígnias militares - SINAL de Orgulho e Patriotismo

Quem se desloca às cerimónias oficiais, como as que acontecem nos dias 10 de Junho - Dias de Portugal -, vê como apenas um ou outro Combatente da Guerra do Ultramar, usa a sua boina e as suas insígnias que, regra geral, foram ganhas pessoalmente, e especialmente pelas tropas mais operacionais, com muito suor e sacrifício no fim de cada uma das suas especialidade. 

É bom referir, porque óbvio, que todas as especialidades foram fundamentais no contributo geral, para que o esforço militar e patriótico de manter a bandeira nacional nas ex-colónias portuguesas e com ela o legado ancestral dos nossos antepassados, constituído por Homens aventureiros, pioneiros, descobridores, navegadores, ousados, guerreiros e valentes.

Muita gente que hoje "escrevinha" sobre a Guerra do Ultramar, omite por ignorância, motivos de subserviência política e outros obscuros interesses, que habitavam, trabalhavam e desenvolviam e amavam aquelas terras longínquas, como Angola, Moçambique, Macau, Timor, etc. mais de meio milhão de portugueses.

Milhares de portugueses estes, que com a "revolução dos cravos", em 1974, e a apressada, desorganizada e trapalhona "entrega" das ex-colónias a movimentos até então terroristas e, ou, de carácter políticos subsersivos locais, teve que fugir dessas terras, salvo honrosas e dignas excepções, perseguida e hostilizada, abandonando tudo o que tinham.    

Bem se sabe que nas políticas pós-25Abril1974, principalmente nas apelidadas de esquerda, foi incutida nas mentes de parte da população portuguesa, filosofias amorfas mas traumáticas, de que as guerras que travamos em África foram injustas e que Salazar e Caetano -então governantes -, é que foram os culpados desses conflitos, pois inventaram em Angola Moçambique e Guiné, umas coloniazitas, para onde eram mandados os nossos soldados combater, matar os pretinhos e morrer triste e ingloriamente. 

Em países fortes e sérios, onde os povos são gente politizada e patriota, como a França, Inglaterra, Canadá, EUA, os seus ex-Combatentes honram-se e orgulham-se daquilo que foram, das causas porque lutaram, do seu país, da sua bandeira, dos seus emblemas e insígnias, fardas e boinas, etc. sabemos nós que os seus Veteranos das suas várias guerras, chegam a estar horas a desfilar nas diversas comemorações alusivas a cada um dos conflitos, usando os referidos objectos. 




Felizmente há alguns exemplos notáveis, poucos mas bons, como se pode ver na imagem de duas GRANDES SENHORAS da nossa actual sociedade, que foram Enfermeiras Paraquedistas no Exército Português - Dª Maria Ivone e Dª Maria Arminda - usando galharda e ostensivamente as suas bonitas boinas e insígnias. 


Que grande exemplo de afirmação inequívoca e suprema dignidade. Para elas os nossos melhores parabéns


Foto: © Maria Arminda Santos (2011). Todos os direitos reservados.


Esta foto é de um interessante artigo publicado no blogue do Dr. Luís Graça e Camaradas da Guiné, em: 


13 DE JANEIRO DE 2012 > Guiné 63/74 - P9348: Parabéns a você (367): Maria Ivone Reis, 83 anos: enfermeiras, paraquedistas, amigas, companheiras de aventura e camaradas para sempre! (Maria Arminda)

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

M396 - CONTRA ESTE E QUALQUER OUTRO DESACORDO ORTOGRÁFICO... HOJE E SEMPRE!


NESTE ESPAÇO NÃO HÁ LUGAR PARA DES... ACORDOS ORTOGRÁFICOS!

SOMOS 100% CONTRA ESTE E QUALQUER OUTRO DESACORDO ORTOGRÁFICO... HOJE E SEMPRE, QUE NÃO SEJA DEVIDAMENTE DEBATIDO E APROVADO PUBLICAMENTE PELA MAIORIA DO POVO PORTUGUÊS, RECONHECIDO COMO ÚNICO E LEGÍTIMO JUÍZ DESTA CAUSA!

Com a devida vénia e os melhores agradecimentos, e porque a totalidade dos amigos e leitores deste blogue, segundo as inúmeres trocas de impressões trocadas, é inteiramente contra o novo (des)acordo ortográfico a que querem obrigar/impor a aceitar sem qualquer tipo de auscultação à generalidade popular, publica-se o seguinte artigo do jornalista Alberto Gonçalves [in DN 08Jan2012 ].

Adeus, português
É fascinante que um pequenino bando de ociosos tenha decidido corromper a língua de milhões. O fascínio esvai-se quando se percebe que os ociosos atingiram os intentos. O Acordo Ortográfico, criação de arrogantes com uma missão, é oficial e está aí, perante a complacência dos poderes públicos em princípio eleitos para defender o país e não para o enxovalhar deliberadamente.

Até hoje não se percebe a serventia do dito Acordo. A partir de hoje, também não se irá perceber. Ao que consta, a ideia seria “unificar” a escrita de todos os países de expressão portuguesa. Naturalmente, ficou muito longe disso. Ainda que não ficasse, onde estaria o ganho? Por mim, os brasileiros e os moçambicanos são livres de adoptar o húngaro sem que eu os censure ou sequer note a diferença. Não sou brasileiro nem moçambicano. Sou português e, não fosse pedir demasiado, dava-me jeito redigir na língua em que cresci. À revelia da proclamação gratuita de Fernando Pessoa, a minha pátria não é a língua portuguesa. Mas a minha língua é.

Em abono dos Malacas Casteleiros e restantes conspiradores do Acordo, é verdade que semelhante aberração não caiu do céu. A repugnância que esses senhores dedicam às palavras, e que os leva a esventrá-las sem escrúpulos, encontra um ambiente hospitaleiro na sociedade em geral, a começar pelos políticos que avalizaram a vergonha lexical em curso. Dificilmente os sujeitos cuja retórica é um amontoado de “alavancagens” e “empoderamentos” travariam a degradação do vocabulário.
E o resto não melhora. Da televisão às SMS, do Facebook à escola, pouco, quase nada, nos lembra que comunicamos no mesmo idioma do referido Pessoa. Assistir a um “telejornal”, ler um texto produzido pelo universitário médio ou espreitar os padrões do romance contemporâneo indígena é descer a jargões e graus de analfabetismo abjectos, com ou sem “c”. Porém, se os maus-tratos à língua já eram habituais, não eram obrigatórios. E essa é a diferença entre temer pela vida de um moribundo e assinar, oficial e urgentemente, o respectivo óbito.

Alberto Gonçalves

[in DN 08Jan2012 ] 



CONTRA ESTE E QUALQUER OUTRO DESACORDO ORTOGRÁFICO... HOJE E SEMPRE!

Duarte Branquinho
[in DIABO 20Dez2011] 




sábado, 7 de janeiro de 2012

M395 - Ranger José Romeiro Saúde, do 1º turno de 1973 (2)




Ranger José Romeiro Saúde, do 1º turno de 1973 

NOVA LAMEGO - GUINÉ

Continuando a apresentação  do RANGER Saúde (ver também a mensagem M394) apresentam-se nesta alguns interessantes aspectos da vida e quartel de Nova Lamego - na Guiné.

Estas fotografias dão uma pequena ideia em como era a população e as paisagens da Guiné, naqueles já longínquos anos 70, e que, praticamente, continuam incólumes nos dias de hoje.

Como desconhecedores dos usos e costumes africanos, procurávamos o convívio possível, os contactos com os populares, nomeadamente os putos (geralmente muito divertidos como todas as crianças) que demonstravam muita curiosidade em relação aos portugueses e aos seus hábitos europeus.










Recorda-se que o RANGER  Saúde foi Furriel Miliciano na Companhia de Comandos e Serviços do Batalhão de Artilharia 6523 = CCS do BART 6523, em Nova Lamego (Gabú) na Guiné - 1973/74. 


Fotografias: © José R. Saúde (2011). Direitos reservados. 

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

M394 - Apresenta-se o Ranger José Romeiro Saúde, do 1º turno de 1973



Ranger José Romeiro Saúde, do 1º turno de 1973


Foi Furriel Miliciano na CCS do BART 6523 = Companhia de Comandos e Serviços do Batalhão de Artilharia 6523, em Nova Lamego (Gabú) na Guiné - 1973/74. 


O RANGER Saúde vive em Beja, é natural de Vila Nova de São Bento. Foi o segundo classificado do meu curso, o primeiro foi o RANGER Meireles do Porto e ficou a prestar instrução ao 1º Grupo de Combate (Cadetes Milicianos), seguindo-se o embarque para a Guiné. 


Ao longo de mais de 30 anos foi jornalista - A BOLA e DN a nível nacional - teve um jornal desportivo "O ÁS", único no Alentejo, 23 anos. Foi pioneiro a fazer rádio, e televisão, em Beja. Paralelamente foi funcionário da Segurança Social, e foi, também, escritor. 

Tem 3 livros editados, dois sobre futebol, uma modalidade que praticou ao serviço do Despertar (Beja), Sporting CP, Desportivo de Beja, FC Serpa e Aldenovense, sendo o tema GLÓRIAS DO PASSADO, onde relatou a evolução do futebol na F Beja ao longo do século XX, e o último, a nível nacional AVC NA PRIMEIRA PESSOA - editora MEL de Estarreja - uma temática que aborda o grave problema de saúde que o acometeu em 27 de Julho de 2006. 

Brevemente sairá uma outra obra da sua autoria. 



Confessa que se dispersou no tempo não tentando arranjar forma para conviver com a malta amiga. O jornalismo ocupou-o totalmente. Agora rejuvenesceu ao reencontrar antigos camaradas. 


Tenta estar presente, onde e quando pode, não obstante a sua debilidade física. 

Mas um RANGER é uma pessoa FORTE, VENCE. E ele cá está.










Mini-guião de colecção: © Carlos Coutinho (2011) Direitos reservados.

Fotografias: © José R. Saúde (2011). Direitos reservados.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

M393 - Companhias de CAÇADORES ESPECIAIS (pelo Sr. Coronel Rio de Carvalho)


Breve história das Companhias de CAÇADORES ESPECIAIS
(pelo Sr. Coronel Rio de Carvalho)





quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

M392 - FELIZ NATAL para todos


Com a devida vénia  e agradecimento , aproveito este belo e bem conseguido postal ,que me foi enviado pelo  RANGER TCor. Inf.ª Valdemar Correia Lima , 2º Cmdt do CTOE, para desejar a todos os leitores deste  nosso blogue os mesmos votos nele expressos ...

domingo, 18 de dezembro de 2011

M391 - RANGER Cândido Teixeira do 3º Curso de 1972. Foi Furriel Miliciano na 2ª CCAÇ do BCAÇ 4210 - Parte 4


RANGER Cândido Teixeira do 3º Curso de 1972


Nas mensagens M382, M385 e M386, pode ver-se a sua apresentação neste blogue e várias das suas fotos, recolhidas em 1973 e 1974, durante a sua comissão militar no período em que decorreu a Guerra do Ultramar (1962 a 1975).


Nesta mensagem apresentam-se mais algumas fotos do álbum de memórias do RANGER Cândido Teixeira do 3º Curso de 1972, desta feita da vila e do quartel que lhe tocou na sorte - Teixeira de Sousa, Angola -, na 2ª Companhia de Caçadores do Batalhão da Caçadores 4210. 


Memórias de uma terra que marcava quem por lá passava e que deixou saudades.


Ainda hoje, sobre todos os portugueses, África impõe-se pelas suas belezas naturais e pelo seu modo místico de vida... ainda por cima atractiva e estranha, e irritantemente... indescritível.  


VILA TEIXEIRA DE SOUSA – ASPECTOS DA VILA E DO QUARTEL EM 1973


Aspecto aéreo da pequena, airosa e acolhedora vila
 Outro ângulo aéreo da pequena, airosa e acolhedora vila
 Vista aérea do quartel
 Parada do quartel 

Fotografias: © Cândido Teixeira (2011). Direitos reservados.

M390 - Uma vergonha



A todos a quem envio, lembro que esta mensagem me foi endereçada por um Camarada que prestou serviço na Guiné. Perguntei-lhe se estava publicada em algum orgão de imprensa, desconhece, foi-lhe enviada de forma castrense.

Não conheço o autor mas, pelo seu conteúdo e interesse aqui se publica, esperando que alguem o conheça e se possa aprofundar melhor tudo aquilo que refere, sabemos que assim é e, quando isto se passa a nível de oficiais superiores, como não será com todos os outros?

Este é um grito de revolta e merece, em meu entender, divulgação, pelo menos entre nós Combatentes da Guerra do Ultramar, claro que espaços públicos carece de mais aprofundamento sobre quem é o seu autor, daí a esperança que alguém possa identificá-lo ou chegar ao seu contacto.


UMA VERGONHA


1. Especialistas ingleses e norte-americanos estudaram comparativamente o esforço das Nações envolvidas em vários conflitos em simultâneo, principalmente no que respeita à gestão desses mesmos conflitos, nos campos da logística geral, do pessoal, das economias que os suportam e dos resultados obtidos.


Assim, chegaram à conclusão que em todo a Mundo só havia 2 Países que mantiveram 3 Teatros de Operações em simultâneo: a poderosa Grã-Bretanha, com frentes na Malásia (a 9.300 km, de 1948 a 1960), no Quénia (a 5.700 km, de 1952 a 1956) e em Chipre (a 3.000 km, de 1954 a 1959) e o pequenino Portugal, com frentes na Guiné (a 3.400 km), Angola (a 7.300 km ) e Moçambique (a 10.300 km, de 1961 a 1974) 13 anos seguidos. Estes especialistas chegaram à conclusão que Portugal, dadas as premissas económicas, as dificuldades logísticas para abastecer as 3 frentes, bem como a sua distância, a vastidão dos territórios em causa e a enormidade das suas fronteiras, foi aquele que melhores resultados obteve.


Consideraram por último, que as performances obtidas por Portugal, se devem sobretudo á capacidade de adaptação e sofrimento dos seus recursos humanos e à sobrecarga exigida a um grupo reduzido de quadros dos 3 Ramos das Forças Armadas, comissão atrás de comissão, com intervalos exíguos de recuperação física e psicológica. Isto são observadores internacionais a afirmá-lo.


Conheci em Lisboa oficiais americanos com duas comissões no Vietname. Só que ambos com 3 meses em cada comissão, intervalados por períodos de descanso de outros 3 meses no Havai.

Todos os que vestiram a farda da Grã-Bretanha, França, Rússia, Alemanha, Itália e Japão têm tratamento diferenciado; idem para a Polónia e Europa de Leste, bem como para os Brasileiros que constituíram o Corpo Expedicionário destacado na Europa.

Idem para os Malaios, Australianos, Filipinos, Neo-zelandeses e soldados profissionais indianos.

Nos EUA a sua poderosíssima "Veterans War " não depende de nenhum Secretário de Estado, nem do Congresso, depende directamente do Presidente dos EUA, com quem despacha quinzenalmente. Esta prerrogativa referendada por toda uma Nação, permite que todos aqueles que deram a vida pela Pátria repousem em cemitérios espalhados por todo o Mundo, duma grandiosidade, beleza e arranjo ímpares, ou todos aqueles que a serviram, tenham assistência médica e medicamentosa para eles e família, condições especiais de acesso às Universidades, bolsas de estudo, e outros benefícios sociais durante toda a vida.

Esta excepção que o povo americano concedeu a este tipo de cidadãos é motivo de orgulho de todos os americanos.

O tratamento privilegiado que todo o Mundo concedeu aos cidadãos que serviram a Pátria em combates onde a mesma esteve representada, é sufragado por leis normalmente votadas por unanimidade.

Também os civis que ficaram sujeitos aos bombardeamentos, quer em Inglaterra, quer em Dresden, quer em Hiroshima e Nagasaki, têm tratamento diferenciado.

Conheço de perto o Irão. Até o Irão dá tratamento autónomo e especifico aos cidadãos que combateram na recente Guerra Irão-Iraque, onde morreram 1 milhão de iranianos.

Até Países da África terceiro-mundista e subdesenvolvida, como o Quénia, atribuiu aos ex-maus-maus, esquemas de protecção social diferentes dos outros cidadãos.

Em todo o Mundo, menos em Portugal.

No meu País, os Talhões de Combatentes dos vários cemitérios, estão abandonados, as centenas de cemitérios espalhados pela Guiné, Angola, Moçambique, Índia e Timor, abandonados estão, quando não, profanados. É simplesmente confrangedor ver o estado de degradação onde se chegou. Parece que a única coisa que está apresentável é o monumento do Bom Sucesso - Torre de Belém, possivelmente porque está à vista e porque é limpo uma vez por ano para a cerimónia publica que lá se realiza. Até grande parte dos monumentos municipais aos Mortos da Guerra do Ultramar vão ficando abandonados.

No meu País, a pouco e pouco, foi-se retirando a dignidade devida aos que combateram pela Pátria, abandonando os seus mortos, e retirando as poucas “migalhas” que ainda tinham diferentes do comum dos cidadãos, a assistência médica e medicamentosa, para ele e cônjuge, alinhando-os “devidamente” por baixo.

ATÉ NISTO CONSEGUIMOS SER DIFERENTES DE TODOS OS OUTROS.

No meu País, os políticos confundem dum modo ignorante ou acintoso, militares com polícias e funcionários públicos (sem desprimor para as profissões de polícias e funcionários públicos, bem entendido).

Por ignorância ou leviandade os políticos permanentemente esquecem que o estatuto dos militares não lhes permite, nem o direito de manifestação, nem de associação sindical, além de ser o único que obriga o cidadão a dar a vida pela Pátria.

Até na 1a República, onde grassava a indisciplina generalizada, a falta de autoridade, o parlamentarismo balofo, as permanentes dificuldades financeiras e as constantes crises económicas, não foram esquecidos todos aqueles que foram mandados combater pela Pátria na 1a Guerra Mundial (1914-18), decisão política muito difícil, mas patriótica, pois tinha a ver com a defesa estratégica das possessões ultramarinas.

Foram escassos 18 meses o tempo que durou a Guerra para os portugueses, mas todos aqueles que foram mobilizados e honraram Portugal, tiveram medidas de apoio social suplementares diferentes de todos os outros cidadãos portugueses, além duma recepção ímpar por todo o Governo da Nação em ambiente de Grande Festividade Nacional.

Naquela altura os políticos portugueses dignificaram a sua função e daqueles que combateram pela Pária.

Foram criados Talhões de Combatentes em vários cemitérios públicos, à custa e manutenção do Estado, foram construídos monumentos grandiosos em memória dos que deram a vida pela Pátria, foi concebido um Panteão Nacional para o Soldado Desconhecido na Sala do Capítulo do Mosteiro da Batalha, com Guarda de Honra permanente, 24 sobre 24 horas, foram criadas pensões especiais para os mutilados, doentes e gaseados, foram criadas condições especiais de assistência médica e medicamentosa para os militares e famílias, nos Hospitais Militares, numa altura em que ainda não havia assistência social generalizada como há hoje, foi criado um Lar especifico para acolher a terceira idade destes militares em Runa (é importante relembrar que, em 1918, se decidiu receber e tratar os jovens com 20 anos em 1918, quando estes tivessem mais de 65 anos de idade) e, por último foi criada a Liga dos Combatentes que, de certo modo, corporizava todo este apoio especial aos combatentes, diferente de todos os outros cidadãos, e era o seu porta-voz junto das instâncias governamentais. (Uma espécie de “Veteran’s War” à portuguesa).

Foi toda uma Nação, com os políticos à frente, que deu tudo o que tinha àqueles que combateram pela Pátria, apesar da situação económica desesperada e de quase bancarrota.

Na altura seguimos naturalmente o exemplo das demais nações.

Agora somos os cínicos que não seguem os exemplos generalizados do tratamento diferenciado aos que serviram a Pátria em combate.

É SIMPLESMENTE UMA VERGONHA!

Haveria muito mais para dizer para chamar a atenção deste Ministro da Defesa e deste Primeiro-Ministro, ambos possivelmente com carências de referências desta índole nos meios onde se costumam movimentar, sobretudo no que respeita à comparação dos vencimentos, regalias e mordomias dos que expuseram ou deram a vida pela Pátria e aqueles, que antes pelo contrário, sempre fugiram a essa obrigação.

VETERANO

Sem acumulação de cargos
Sem Seguro de Saúde pago pelo Estado ou EP
Sem direito a Subsidio de Reinserção

Sem cartão de crédito dourado sem limite de despesas a expensas do Estado
Sem filhos empregados no Estado por conhecimentos pessoais

Sem o direito a reformas precoces de deputado ou autarca

Sem reformas precoces e escandalosas estilo Banco de Portugal ou CGD

Sem contratos que preveem indemnizações chorudas

Sem direito a ficar, de borla, com os carros que o Estado pagou em Leasing

Sem fazer contratos chorudos de avenças como os que se fazem com Gabinetes de Advogados e Economistas

Sem Pensão de Reforma acima do ordenado do Presidente da República

Com Filhos desempregados

Por: Vítor Santos, coronel reformado, quatro comissões de serviço no Ultramar, dez anos de trópicos, deficiente das Forças Armadas por doença adquirida e agravada em campanha, quase 70 anos de idade. 


É, sem sombra de dúvida, um verdadeiro Manifesto Anti-Situacionista.



Todos os que serviram a Pátria e principalmente as gerações de Oficiais, Sargentos e Praças dos 3 Ramos das Forças Armadas que serviram durante 13 anos na Guerra do Ultramar, nos 3 Teatros de Operações, só pelo facto de aguentarem este esforço sobre-humano que se reflectiu necessariamente em debilidades de saúde precoces, mazelas para toda a vida, invalidez total ou parcial, e morte, tudo ao serviço da Pátria, merecem o reconhecimento da Nação, que jamais lhes foi dado.


2. Em todo o Mundo civilizado, e não só, em Países ricos, cidadãos protagonistas dos grandes conflitos e catástrofes com eles relacionados, vencedores ou vencidos, receberam e recebem por parte dos seus Governos, tratamentos diferenciados do comum dos cidadãos, sobretudo nos capítulos sociais da assistência na doença, na educação, na velhice e na morte, como preito de homenagem da Nação àqueles que lutaram pela Pátria, com exposição da própria vida.

domingo, 11 de dezembro de 2011

M389 - A 1ª Companhia de RANGERS portuguesa festejou o seu 36º Aniversário


10 DE Dezembro de 2011


A 1ª Companhia de RANGERS portuguesa festejou o 35º Aniversário da sua composição


Com a devida vénia e agradecimentos reproduzimos 4 páginas do livro lançado pelo CIOE/CTOE - Centro de Tropas de Operações Especiais – nos festejos dos 50 anos da sua histórica e lendária existência (ver a mensagem M384), onde se encontra superiormente narrada a história desta célebre companhia.

Formada nos primeiros meses de 1975, esta unidade foi a que primeira vez incluiu praças (soldados) nas suas fileiras.

 A mesa pronta para estraçalhar um excelente cozido à portuguesa, bem regado com um bom vinho tinto, e não só
 O RANGER Sampaio no uso da palavra

O Sr. Gen. Pires Veloso, um jovem com apenas 85 anos, depois de um dia muito preenchido - segundo as suas palavras -, ainda arranjou forças, e de que maneira, para se dirigir às tropas em parada 





Este ano o pessoal desta célebre e respeitada unidade celebrou, nas belíssimas e agradáveis instalações da filial do Porto da Associação de Comandos – Castelo do Queijo -, o 35º aniversário da sua composição.