quinta-feira, 7 de junho de 2012

M468 - 52º ANIVERSÁRIO do CTOE - DISCURSO DO DIA DA UNIDADE, 16ABR2012 - pelo Sr. COMANDANTE, RANGER COR GOMES TEIXEIRA

52º ANIVERSÁRIO do CTOE 

DISCURSO DO DIA DA UNIDADE

16ABR2012

pelo Sr. COMANDANTE RANGER COR GOMES TEIXEIRA 

Exmo. Sr. MajGen Fernando Celso Vicente de Campos Serafino, Meu Comandante,




É com imensa satisfação que esta unidade tem registado a presença do meu General Comandante em vários momentos de alta intensidade desta unidade, o que para nós constitui motivo de alento para continuarmos na senda de excelência, do rigor e do esforço que são as matrizes de orientação do nosso dia a dia. Seja, por isso bem-vindo, meu General a esta sua unidade. 


Exmo. Sr. Presidente da CM Lamego, Engenheiro Francisco Lopes, 

Mais uma vez, na pessoa do seu Presidente de Câmara, a Cidade de Lamego associa-se á sua Unidade Militar que aqui permanece desde 1839 numa simbiose perfeita entre a edilidade e os seus soldados. O permanente apoio e disponibilidade da CML em apoio do CTOE tem sido uma constante que muito nos apraz registar. Bem-haja pois Sr. Presidente e peço-lhe que transmita ao seu staff o nosso sentido reconhecimento. 

Exmº Sr.Dr. Carrrapatoso Oliveira, Presidente da Assembleia Municipal de Lamego 

Sentimo-nos muito honrados com a sua presença sempre amiga entre nós, desejando vivamente que este dia sirva para estreitar mais ainda as excelentes relações entre o CTOE e as gentes de Lamego que tão bem e com tanta hospitalidade nos têm sabido conquistar ao longo dos anos. Muito obrigado pela sua presença. 

Exmª Srª Deputada á Assembleia da República, Drª Teresa Costa Santos 

É para nós uma honra poder contar com a presença de Vª Exª nesta cerimónia de uma das instituições mais carismáticas sedeada nesta bela cidade de Lamego. A presença de tão alta Magistrada significa para nós um apoio institucional e pessoal que penhoradamente agradecemos. 

Exmº Sr. Representante do Presidente da Câmara de Cabeceiras de Basto, Sr. Fernando Basto 

Na pessoa de Vª Exª, quero agradecer à autarquia de Cabeceiras de Basto, edilidade sempre disponível para apoiar o CTOE nas mais variadas circunstâncias. O regresso a Instituições que nos disseram algo, é sempre um sinal de que o caminho percorrido foi acertado. Fará o favor de transmitir ao Exmº Sr. Presidente os nossos mais calorosos cumprimentos. 

Exmos Senhores Tenentes- generais Cardeira Rino, Ferreira do Amaral, e Senhores Majores Generais Diamantino Correia, Bacelar Begonha, Pinto Ferreira e Abílio Dias Afonso; 

Agradeço aos meus excelentíssimos Generais a vossa presença. É possível estarmos hoje aqui também devido à vossa acção continuada em defesa da especialidade. Agradecemos ainda a vossa palavra avisada e o vosso conselho sempre disponível sempre que deles temos necessitado. Todos temos necessidade de referências para que não percamos o rumo e os meus Generais são seguramente uma mais-valia em termos de referencial para o actual CTOE. 

Digníssimo Cónego Joaquim Dias Rebelo, Vigário-Geral da Diocese de Lamego em representação de Sua Excelência Reverendíssima o Sr. Bispo de Lamego, Sr. D. António,  

Tivemos o grato prazer de assistir recentemente às cerimónias de tomada de posse do nosso novo Bispo. Gostaria que transmitisse ao Sr. Dom António os nossos votos das maiores venturas no decurso do seu mandato. Estamos certos de poder continuar a contar o apoio da Diocese de Lamego ao CTOE, ao nível dos valores morais, tão necessários nos tempos que correm e no apoio á necessidade de algum conforto espiritual que os nossos militares, a espaços, necessitam. 

(ADIDO MILITAR) 

Exmº Sr. Adido Militar junto da Embaixada do Brasil em Lisboa Caríssimo Coronel Ferreira Pitrez: 

Um agradecimento especial pela sua honrosa presença e pelo esforço que o País irmão tem mantido na execução de actividades bilaterais entre as nossas Forças Armadas, o que tem permitido uma valiosa troca e actualização de experiências, tão úteis nos actuais Teatros de Operações activos um pouco por todo o Globo. Queria realçar em especial, o excelente relacionamento com o Centro de Instrução de Guerra na Selva – Manaus – Amazónia com o qual temos mantido um saudável intercâmbio. Seja bem-vindo. 

Meus Generais, autoridades civis, militares e religiosas, Exmºs Srs autarcas, meus digníssimos antecessores, excelentíssimos convidados, militares e civis que servem no CTOE, camaradas, 

A comemoração do Dia da Unidade reveste-se de um significado sempre especial, quando temos a honra de receber na nossa Casa ilustres amigos e camaradas que connosco foram partilhando experiências de vida que a memória não apaga. Bem hajam pois pela vossa amizade e apoio manifestados pela vossa presença aqui hoje e pelos contributos que ao longo dos anos levaram a que esta Instituição se tornasse uma das mais emblemáticas do Exército Português, com reconhecimento efetivo aquém e além-fronteiras. 

(EVOCAÇÃO HISTÓRICA) 

Celebramos hoje o quinquagésimo segundo Aniversário das Operações Especiais em Portugal e ainda os 173 anos da presença militar ininterrupta em Lamego. 

Celebramos este dia com a presença do Estandarte Nacional que está à nossa guarda e dos antigos Estandartes Regimentais que acompanharam as forças desta unidade em diversos Teatros de Guerra, símbolos de todos os portugueses que aqui deram o melhor de si próprios, honrando o nosso chão, onde enterramos as nossas raízes e os nossos mortos, símbolos da perenidade de Portugal.

(O ANO TRANSACTO E O PRESENTE)

O ano transacto foi um ano de intensa actividade para o CTOE, apesar das conhecidas medidas de contenção e dos desafios que se nos têm colocado. Os jovens militares que têm decidido optar por servir nas Operações Especiais mantém-se com elevado grau de motivação, sempre prontos a cumprir de forma eficaz e eficiente as tarefas que lhes têm sido atribuídas, enquanto continuam a orientar-se por valores um pouco arredados das vivências diárias da maioria dos jovens da sua geração. Aqui continua a aprender-se, todos os dias, o peso, o significado e o valor da singela palavra “PÁTRIA”, a terra dos nossos Pais.

Desde há um ano, ministrou a Unidade os cursos programados de Operações Especiais, cursos de Sniper de Operações Especiais e o Curso de Reconhecimento de Longo Raio de Acção. Atualmente é-nos grato referir que, fruto das sinergias criadas com a Brigada de Reacção Rápida, contamos com a qualificação em 100% de Pára-quedistas no nosso encargo Operacional, tendo sido ainda possível qualificar um Destacamento de Operações Especiais com o Curso de Saltadores Operacionais de Grande Altitude (SOGA), o que representa uma mais-valia em termos de capacidade de inserção e de projecção da Força.

A actividade anual de exercícios e em apoios a outras entidades é vasta, dado que seria exaustivo enumerá-la aqui. Apraz-me de sobremaneira referir que parte substancial desta actividade se encontra espelhada na nossa revista da unidade, o “PONTO DE REUNIÃO” que, por vicissitudes várias, não era publicada há mais de uma década. Não posso deixar de manifestar o nosso reconhecimento e agradecimento ao Revº Padre Hermínio, um amigo de sempre desta Casa, pela preciosa colaboração prestada na preparação desta nossa revista.

Resumidamente, gostaria apenas de realçar as actividades quiçá de maior relevo:

Ao nível da NATO temos apoiado as Forças Nacionais Destacadas nos Teatros de Operações do Kosovo e do Afeganistão de acordo com as determinações superiores.
No âmbito das NATO Response Forces, mantemos um Task Group de Operações Especiais em Stand-By para a NRF-2012.

No âmbito da Força de Reacção Imediata (FRI), mantemos um destacamento de 50 Elementos de OE e seis Condutores nos níveis de prontidão superiormente determinados. Esta unidade foi activada recentemente e encontra-se neste momento na região de Lisboa em estado de alerta máximo, pronta para colaborar em eventuais operações na região da Guiné-Bissau, conforme lhe seja determinado.

Em termos de Cooperação Técnico-Militar (CTM), temos mantido a assessoria aos projectos em curso nas Repúblicas de Angola e Moçambique.

O CTOE tem ainda vindo a colaborar na missão da European Union Training Mission – Somália, com assessoria e treino em combate em áreas edificadas ás forças armadas do Uganda.

Em termos de cooperação bilateral, tem existido uma profícua cooperação com países amigos, nomeadamente:

(a) PORTUGAL / ARGÉLIA – Frequência na Argélia do «Curso de Sobrevivência no Deserto».

(b) PORTUGAL / FRANÇA – Frequência do Curso de Guerra na Selva na Guiana Francesa, ministrado por instrutores da Legião Estrangeira.

(c) PORTUGAL / CHILE – Realizou-se nesta Unidade uma visita no âmbito das relações bilaterais Portugal/Chile.

(d) PORTUGAL / MARROCOS – Realizou-se em Marrocos um «Estágio Operacional de Sobrevivência no Deserto».
(e) PORTUGAL / BRASIL – frequência do Curso de Patrulhas de Reconhecimento de Longo raio de Acção por um elemento das Forças de Operações Especiais do Exército Brasileiro

• Por outro lado, no CNO de Moimenta da Beira foram certificados com o Nível Secundário: 33 Militares e 2 Civis. Com o Nível Básico 19 Militares e 1 Civil.

• Continuação da Frequência da formação Modular de 50 horas em inglês, ministrado pela EB 2+3 de Lamego: 219 Militares

(O FUTURO)

CAMARADAS

O atual Ambiente de Segurança é volátil, incerto, complexo e perigoso. É um ambiente no qual a Guerra não Convencional está cada vez mais presente. É também o ambiente típico para o emprego cada vez mais provável de Forças de Operações Especiais. Tenho partilhado a vossa constante apetência para o incremento do empenhamento operacional, como seria de esperar numa unidade vocacionada para a missão militar mais nobre – o empenhamento operacional puro. Temos confiança que a cadeia de comando saberá, em devido tempo e quando entendido necessário, aplicar o somatório de forças materiais e no nosso caso com especial pendor para as forças morais que, no conjunto designamos por potencial de combate, disponível nas Forças de Operações Especiais.

MILITARES DO CENTRO DE TROPAS DE OPERAÇÕES ESPECIAIS, 

O acto de comandar é por vezes um acto isolado, dado que toda a responsabilidade terminal sobre a prestação de uma unidade recai sobre os ombros do respectivo Comandante. O Comandante aos vários níveis têm a responsabilidade de motivar, manter, prover, aprontar, qualificar e disciplinar as forças que Comanda. Ao fim de quase dois anos de comando, é com satisfação que vos afirmo que a minha tarefa tem sido facilitada, neste âmbito. Os homens e mulheres que servem nesta casa, têm sido para mim um constante factor de orgulho, fazendo com que sinta a mesma motivação e empenhamento que experimentei no longínquo ano de 1985 quando como jovem Alferes me apresentei nesta Casa e abracei as Operações Especiais.

Exorto-vos pois a continuar a elevar bem alto o nome do CTOE, da BRR e do Exército, com o mesmo empenho e dedicação e respeito que se impõe pela memória e pelo esforço dos que vos precederam, em que alguns pagaram com o derradeiro tributo – o sacrifício da própria vida – o amor à Pátria que um dia juraram defender. Como sabeis, pela natureza do tipo de Instrução que aqui ministramos, aprendemos a superar desafios, a superar limites que talvez pensássemos não serem possíveis, enfim, a superar os nossos próprios medos, procuramos tornar-nos melhores homens, melhores mulheres e melhores Portugueses. Sei por isso que conseguiremos ultrapassar, de forma privilegiada, os eventuais desafios e remover os obstáculos que se avizinhem.

Portugal poderá pois sempre contar com os seus militares do Centro de Tropas de Operações Especiais.

“Quem se apoiar neste bordão, não receie que se parta ou se transforme em serpente…”

CAMARADAS:

“VONTADE E VALOR”
“QVE OS MUITOS POR SER POUCOS NAM TEMAMOS”

Disse.


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