sexta-feira, 22 de maio de 2009

M104 – Uma Foto do blogue de Luís Graça & Camaradas da Guiné


Um dos blogues de grande sucesso na internete é, com certeza, o de Luís Graça & Camaradas da Guiné.

O que começou por ser um entretenimento do Dr. Luís Graça (sociólogo do trabalho e da saúde, doutorado em saúde pública e professor na Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade Nova de Lisboa, em Lisboa), que cumpriu a sua comissão militar em tempo da Guerra do Ultramar na Guiné, na CCAÇ 12, Contuboel e Bambadinca, 1969/71, tornou-se um caso sério em matéria de comunicação deste capítulo da nossa história recente, que se vem rodeando de uma tertúlia de camaradas ex-Combatentes, e se tem estendido a muitos amigos, inclusive alguns que colaboram a partir da inesquecível e estimada Guiné-Bissau.

Contando actualmente com mais de 300 tertulianos, o blogue conta com mais de 1 milhão (1 000 000) de visitas e 4 mil e tal mensagens em 4 anos de existência. É caso para dizer: - É obra!
O seu endereço é:




Entre o muito material narrativo, abrangendo várias temáticas, encontram-se inúmeras e espectaculares fotos, emblemas e guiões dos diversos batalhões, companhias, pelotões, etc.

Um das fotos que me impressiona pelo seu significado é da autoria do ex-Alferes Miliciano Torcato José Mendonça, inserida no poste:





A legenda da foto é:


Guiné > Zona Leste > Sector L1 > Bambadinca > Fá (Mandinga) > 1968 > CART 2339 (1968/69) > O Grupo de combate do Alf Mil Mendonça , antes de ser recambiado para Mansambo, paar o trabalho de pá e pica > O arriar da bandeira ... Tirando às patrulhas ao mato Cão, para montar segurança aos barcos da Gouveia que atravessavam o Geba Estreito (Xime-Bambadinca-Bafata), Fá Mandinga, antiga estação agronómica por onde passara, nos anos 50, o Engº Agrónomo Amílcar Cabral, licenciado pelo ISA- Instituto Superior de Agronomia, de Lisboa, era uma verdadeira colónia de férias...

O que eu “leio” nesta foto (que dizem valer mais que mil palavras): um grupo de Homens, soldados de Portugal na posição de máximo respeito - em sentido -, nos confins da África, a prestar uma cerimónia que era diariamente feita, uma vez de manhã - o hastear da bandeira de Portugal -, e ao fim da tarde - o arriar da mesma.


Hoje, entristece-me, ver que muitos jovens, incultos e desconhecedores da história do nosso país, apenas sabem “ler”, porque de outro modo não foram educados, na bandeira nacional: selecção nacional de futebol.


Resta registar os meus agradecimentos aos ex-Combatentes da Guiné, mencionados no texto: Dr. Luís Graça e Miliciano Torcato José Mendonça, que permitiram esta publicação.


NOTA: Para mais informação aconselho a consultar o blogue indicado.

1 comentário:

Santos Oliveira disse...

A Bandeira Nacional é, para a maioria da nossa Juventude, uma espécie de representação colorida que acompanha a "malta" nos eventos desportivos e outros. Já lhe não é devido o respeito devido, não apenas pela Constituição como pela própria Portugalidade. Lamento e sofro quando faço comparações com o passado, onde todo o mundo parava, em silêncio, enquanto durava a Cerimónia do Hastear e Arrear da Bandeira nos Sítios Oficiais.Hoje, ninguém pára, sequer.
Do mesmo modo, lamento profundamente que, aos Jovens, não seja ministrado o ensino do Hino Nacional. Podem ver-se, nos eventos televisivos, que os que nos estão representando, não sabem ou tartamudeiam as palavras mais sonantes, em contraste com o que se pode ver nas representações adversárias.
Assim vai este País de patriotas de festival.Onde pára o orgulho Nacional?