sexta-feira, 4 de setembro de 2009

M147 - Não há meios patriotas! Ou se é de todo!... Ou não se é NADA!


Não há meios patriotas! Ou se é de todo!... Ou não se é NADA!


Definir Patriotismo... por palavras
É obra para poetas e letrados
Porque tal façanha exige
Possuir especiais predicados

Mais qu’um excelente poder descritivo
E uma capacidade d’análise excepcional
É preciso sentir a Pátria... amá-la
P’ra transmiti-lo de forma lúcida e leal


Mas eu sem ser poeta... vou ensaiar
Escrever sobre este belo tema
Por um lado... não resisto à tentação
E por outro... o risco é o meu lema

Por isso... pedindo perdão p’la ousadia
E no modo que me é habitual
Vou então passar para o papel
Como vejo e sinto o meu Portugal


E de jeito inequívoco o digo já...
Qu'apesar de não ser de grandes rancores
Pertenço àquela raça patriótica...
Que mandava fuzilar todos os traidores

Mas isso pertence a outra conversa
Que nesta se fala da mais alta linhagem
De Homens que dignam os seus antepassados
E continuam o país... com a sua coragem


Um Patriota é pois... um atento vigilante
Na preservação da integridade da terra
Aos sinais hostis à independência nacional
E contr’agressões está pronto p'rà guerra

Corre-lhe Portugal no sangue e na alma
Conhece e orgulha-se da sua História
Honra-se com a concepção da Bandeira
E traz a mensagem do Hino na memória


Adopta Deus como seu guia espiritual
Seja qual for a sua religião
E d'Ele lhe advém força universal
Qu'alimenta a chama desta paixão

É algo que lh’está arreigado na raíz do ser
Há até quem o designe por amor
Não se vê nem se apalpa... sente-se
É apolítico... aclubista... incolor


Está além das palavras... no sentimento...
Na preservação... e na continuidade
Dos imensos e gloriosos Feitos
Do nosso Povo e da sua identidade

De tal modo que por vezes... fanatiza
Mormente quando se constata grande traição
E s’está coagido de fazer justiça
Qu’a democracia também tem este senão


E s'algum dia o fulgor esmorece
Saturado d'observar tanta corrupção...
Na política... nos negócios... no desporto...
Empenha-se no seu combate... p’la Nação

Se vale a pena perder tempo a explicar
O que é... e o que sentem os Patriotas
Que se destine tal a jovens e mal informados
Nunca a traidores ou quaisquer outros idiotas


Dizer da sensação e orgulho interior
D’envergar uma farda de Portugal
E em nome da Pátria empunhar uma G3
É muito difícil numa narração informal

Quando ainda por cima disto tudo
No peito se firma um emblema RANGER
Tal compromisso agiganta... assoberba...
Envaidece... diga-se o que se disser!


Que dizer dos tempos qu’agora decorrem
Do progressivo degenerar da sociedade
De vermos valores asquerosos elevarem-se
Em resultado de tanta permissividade

Sobretudo após a revolução de Abril
Com o regresso dos fugitivos e despeitados
Vemos... “democraticamente” vexar a Pátria
E trair sob várias formas de atentados


Por aí... camuflados nos partidos políticos
Estão os cobardes que fugiram à guerra
Os golpistas à procura de bons “tachos”
E oportunistas que maldizem a nossa Terra

Com reflexos directos nos nossos jovens
Privados do real conhecimento do passado
A quem ocultaram a nossa História
Por motivos “revolucionários”... outro atentado!


Sendo um país pequeno em dimensões
E desprovido de recursos naturais
Exploremos outras mais valias
Que assentem nas artes tradicionais

Não há desculpa nem justificação
Seja por motivo de facto ou emocional
P´ra trair a Pátria... ou maldizê-la
Qu’acima de TUDO... e de TODOS... está Portugal


Um Homem que se preze de o ser
Tem qu'à sua Pátria render devoção
Ou não passa dum inútil sem princípios
Mesmo que não chafurde nas fossas da traição

É o sentimento mais nobre do ser humano
Tão exigente que em causas derradeiras
Lhe pode... inclusivé... custar a vida
S’em sua defesa houver que cerrar fileiras


É nesta grandeza que se medem os Homens
Noutras qualidades somos mais ou menos iguais
Mas aqui é preciso convicção inabalável...
E fidelidade de cão... absolutamente integrais

S'algum dia tocar a defender a Pátria
Haja uma arma afinada p'ra mim
P'ra que possa morrer... matando...
Aqueles qu'à Pátria quizerem pôr fim


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