segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

M393 - Companhias de CAÇADORES ESPECIAIS (pelo Sr. Coronel Rio de Carvalho)


Breve história das Companhias de CAÇADORES ESPECIAIS
(pelo Sr. Coronel Rio de Carvalho)





quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

M392 - FELIZ NATAL para todos


Com a devida vénia  e agradecimento , aproveito este belo e bem conseguido postal ,que me foi enviado pelo  RANGER TCor. Inf.ª Valdemar Correia Lima , 2º Cmdt do CTOE, para desejar a todos os leitores deste  nosso blogue os mesmos votos nele expressos ...

domingo, 18 de dezembro de 2011

M391 - RANGER Cândido Teixeira do 3º Curso de 1972. Foi Furriel Miliciano na 2ª CCAÇ do BCAÇ 4210 - Parte 4


RANGER Cândido Teixeira do 3º Curso de 1972


Nas mensagens M382, M385 e M386, pode ver-se a sua apresentação neste blogue e várias das suas fotos, recolhidas em 1973 e 1974, durante a sua comissão militar no período em que decorreu a Guerra do Ultramar (1962 a 1975).


Nesta mensagem apresentam-se mais algumas fotos do álbum de memórias do RANGER Cândido Teixeira do 3º Curso de 1972, desta feita da vila e do quartel que lhe tocou na sorte - Teixeira de Sousa, Angola -, na 2ª Companhia de Caçadores do Batalhão da Caçadores 4210. 


Memórias de uma terra que marcava quem por lá passava e que deixou saudades.


Ainda hoje, sobre todos os portugueses, África impõe-se pelas suas belezas naturais e pelo seu modo místico de vida... ainda por cima atractiva e estranha, e irritantemente... indescritível.  


VILA TEIXEIRA DE SOUSA – ASPECTOS DA VILA E DO QUARTEL EM 1973


Aspecto aéreo da pequena, airosa e acolhedora vila
 Outro ângulo aéreo da pequena, airosa e acolhedora vila
 Vista aérea do quartel
 Parada do quartel 

Fotografias: © Cândido Teixeira (2011). Direitos reservados.

M390 - Uma vergonha



A todos a quem envio, lembro que esta mensagem me foi endereçada por um Camarada que prestou serviço na Guiné. Perguntei-lhe se estava publicada em algum orgão de imprensa, desconhece, foi-lhe enviada de forma castrense.

Não conheço o autor mas, pelo seu conteúdo e interesse aqui se publica, esperando que alguem o conheça e se possa aprofundar melhor tudo aquilo que refere, sabemos que assim é e, quando isto se passa a nível de oficiais superiores, como não será com todos os outros?

Este é um grito de revolta e merece, em meu entender, divulgação, pelo menos entre nós Combatentes da Guerra do Ultramar, claro que espaços públicos carece de mais aprofundamento sobre quem é o seu autor, daí a esperança que alguém possa identificá-lo ou chegar ao seu contacto.


UMA VERGONHA


1. Especialistas ingleses e norte-americanos estudaram comparativamente o esforço das Nações envolvidas em vários conflitos em simultâneo, principalmente no que respeita à gestão desses mesmos conflitos, nos campos da logística geral, do pessoal, das economias que os suportam e dos resultados obtidos.


Assim, chegaram à conclusão que em todo a Mundo só havia 2 Países que mantiveram 3 Teatros de Operações em simultâneo: a poderosa Grã-Bretanha, com frentes na Malásia (a 9.300 km, de 1948 a 1960), no Quénia (a 5.700 km, de 1952 a 1956) e em Chipre (a 3.000 km, de 1954 a 1959) e o pequenino Portugal, com frentes na Guiné (a 3.400 km), Angola (a 7.300 km ) e Moçambique (a 10.300 km, de 1961 a 1974) 13 anos seguidos. Estes especialistas chegaram à conclusão que Portugal, dadas as premissas económicas, as dificuldades logísticas para abastecer as 3 frentes, bem como a sua distância, a vastidão dos territórios em causa e a enormidade das suas fronteiras, foi aquele que melhores resultados obteve.


Consideraram por último, que as performances obtidas por Portugal, se devem sobretudo á capacidade de adaptação e sofrimento dos seus recursos humanos e à sobrecarga exigida a um grupo reduzido de quadros dos 3 Ramos das Forças Armadas, comissão atrás de comissão, com intervalos exíguos de recuperação física e psicológica. Isto são observadores internacionais a afirmá-lo.


Conheci em Lisboa oficiais americanos com duas comissões no Vietname. Só que ambos com 3 meses em cada comissão, intervalados por períodos de descanso de outros 3 meses no Havai.

Todos os que vestiram a farda da Grã-Bretanha, França, Rússia, Alemanha, Itália e Japão têm tratamento diferenciado; idem para a Polónia e Europa de Leste, bem como para os Brasileiros que constituíram o Corpo Expedicionário destacado na Europa.

Idem para os Malaios, Australianos, Filipinos, Neo-zelandeses e soldados profissionais indianos.

Nos EUA a sua poderosíssima "Veterans War " não depende de nenhum Secretário de Estado, nem do Congresso, depende directamente do Presidente dos EUA, com quem despacha quinzenalmente. Esta prerrogativa referendada por toda uma Nação, permite que todos aqueles que deram a vida pela Pátria repousem em cemitérios espalhados por todo o Mundo, duma grandiosidade, beleza e arranjo ímpares, ou todos aqueles que a serviram, tenham assistência médica e medicamentosa para eles e família, condições especiais de acesso às Universidades, bolsas de estudo, e outros benefícios sociais durante toda a vida.

Esta excepção que o povo americano concedeu a este tipo de cidadãos é motivo de orgulho de todos os americanos.

O tratamento privilegiado que todo o Mundo concedeu aos cidadãos que serviram a Pátria em combates onde a mesma esteve representada, é sufragado por leis normalmente votadas por unanimidade.

Também os civis que ficaram sujeitos aos bombardeamentos, quer em Inglaterra, quer em Dresden, quer em Hiroshima e Nagasaki, têm tratamento diferenciado.

Conheço de perto o Irão. Até o Irão dá tratamento autónomo e especifico aos cidadãos que combateram na recente Guerra Irão-Iraque, onde morreram 1 milhão de iranianos.

Até Países da África terceiro-mundista e subdesenvolvida, como o Quénia, atribuiu aos ex-maus-maus, esquemas de protecção social diferentes dos outros cidadãos.

Em todo o Mundo, menos em Portugal.

No meu País, os Talhões de Combatentes dos vários cemitérios, estão abandonados, as centenas de cemitérios espalhados pela Guiné, Angola, Moçambique, Índia e Timor, abandonados estão, quando não, profanados. É simplesmente confrangedor ver o estado de degradação onde se chegou. Parece que a única coisa que está apresentável é o monumento do Bom Sucesso - Torre de Belém, possivelmente porque está à vista e porque é limpo uma vez por ano para a cerimónia publica que lá se realiza. Até grande parte dos monumentos municipais aos Mortos da Guerra do Ultramar vão ficando abandonados.

No meu País, a pouco e pouco, foi-se retirando a dignidade devida aos que combateram pela Pátria, abandonando os seus mortos, e retirando as poucas “migalhas” que ainda tinham diferentes do comum dos cidadãos, a assistência médica e medicamentosa, para ele e cônjuge, alinhando-os “devidamente” por baixo.

ATÉ NISTO CONSEGUIMOS SER DIFERENTES DE TODOS OS OUTROS.

No meu País, os políticos confundem dum modo ignorante ou acintoso, militares com polícias e funcionários públicos (sem desprimor para as profissões de polícias e funcionários públicos, bem entendido).

Por ignorância ou leviandade os políticos permanentemente esquecem que o estatuto dos militares não lhes permite, nem o direito de manifestação, nem de associação sindical, além de ser o único que obriga o cidadão a dar a vida pela Pátria.

Até na 1a República, onde grassava a indisciplina generalizada, a falta de autoridade, o parlamentarismo balofo, as permanentes dificuldades financeiras e as constantes crises económicas, não foram esquecidos todos aqueles que foram mandados combater pela Pátria na 1a Guerra Mundial (1914-18), decisão política muito difícil, mas patriótica, pois tinha a ver com a defesa estratégica das possessões ultramarinas.

Foram escassos 18 meses o tempo que durou a Guerra para os portugueses, mas todos aqueles que foram mobilizados e honraram Portugal, tiveram medidas de apoio social suplementares diferentes de todos os outros cidadãos portugueses, além duma recepção ímpar por todo o Governo da Nação em ambiente de Grande Festividade Nacional.

Naquela altura os políticos portugueses dignificaram a sua função e daqueles que combateram pela Pária.

Foram criados Talhões de Combatentes em vários cemitérios públicos, à custa e manutenção do Estado, foram construídos monumentos grandiosos em memória dos que deram a vida pela Pátria, foi concebido um Panteão Nacional para o Soldado Desconhecido na Sala do Capítulo do Mosteiro da Batalha, com Guarda de Honra permanente, 24 sobre 24 horas, foram criadas pensões especiais para os mutilados, doentes e gaseados, foram criadas condições especiais de assistência médica e medicamentosa para os militares e famílias, nos Hospitais Militares, numa altura em que ainda não havia assistência social generalizada como há hoje, foi criado um Lar especifico para acolher a terceira idade destes militares em Runa (é importante relembrar que, em 1918, se decidiu receber e tratar os jovens com 20 anos em 1918, quando estes tivessem mais de 65 anos de idade) e, por último foi criada a Liga dos Combatentes que, de certo modo, corporizava todo este apoio especial aos combatentes, diferente de todos os outros cidadãos, e era o seu porta-voz junto das instâncias governamentais. (Uma espécie de “Veteran’s War” à portuguesa).

Foi toda uma Nação, com os políticos à frente, que deu tudo o que tinha àqueles que combateram pela Pátria, apesar da situação económica desesperada e de quase bancarrota.

Na altura seguimos naturalmente o exemplo das demais nações.

Agora somos os cínicos que não seguem os exemplos generalizados do tratamento diferenciado aos que serviram a Pátria em combate.

É SIMPLESMENTE UMA VERGONHA!

Haveria muito mais para dizer para chamar a atenção deste Ministro da Defesa e deste Primeiro-Ministro, ambos possivelmente com carências de referências desta índole nos meios onde se costumam movimentar, sobretudo no que respeita à comparação dos vencimentos, regalias e mordomias dos que expuseram ou deram a vida pela Pátria e aqueles, que antes pelo contrário, sempre fugiram a essa obrigação.

VETERANO

Sem acumulação de cargos
Sem Seguro de Saúde pago pelo Estado ou EP
Sem direito a Subsidio de Reinserção

Sem cartão de crédito dourado sem limite de despesas a expensas do Estado
Sem filhos empregados no Estado por conhecimentos pessoais

Sem o direito a reformas precoces de deputado ou autarca

Sem reformas precoces e escandalosas estilo Banco de Portugal ou CGD

Sem contratos que preveem indemnizações chorudas

Sem direito a ficar, de borla, com os carros que o Estado pagou em Leasing

Sem fazer contratos chorudos de avenças como os que se fazem com Gabinetes de Advogados e Economistas

Sem Pensão de Reforma acima do ordenado do Presidente da República

Com Filhos desempregados

Por: Vítor Santos, coronel reformado, quatro comissões de serviço no Ultramar, dez anos de trópicos, deficiente das Forças Armadas por doença adquirida e agravada em campanha, quase 70 anos de idade. 


É, sem sombra de dúvida, um verdadeiro Manifesto Anti-Situacionista.



Todos os que serviram a Pátria e principalmente as gerações de Oficiais, Sargentos e Praças dos 3 Ramos das Forças Armadas que serviram durante 13 anos na Guerra do Ultramar, nos 3 Teatros de Operações, só pelo facto de aguentarem este esforço sobre-humano que se reflectiu necessariamente em debilidades de saúde precoces, mazelas para toda a vida, invalidez total ou parcial, e morte, tudo ao serviço da Pátria, merecem o reconhecimento da Nação, que jamais lhes foi dado.


2. Em todo o Mundo civilizado, e não só, em Países ricos, cidadãos protagonistas dos grandes conflitos e catástrofes com eles relacionados, vencedores ou vencidos, receberam e recebem por parte dos seus Governos, tratamentos diferenciados do comum dos cidadãos, sobretudo nos capítulos sociais da assistência na doença, na educação, na velhice e na morte, como preito de homenagem da Nação àqueles que lutaram pela Pátria, com exposição da própria vida.

domingo, 11 de dezembro de 2011

M389 - A 1ª Companhia de RANGERS portuguesa festejou o seu 36º Aniversário


10 DE Dezembro de 2011


A 1ª Companhia de RANGERS portuguesa festejou o 35º Aniversário da sua composição


Com a devida vénia e agradecimentos reproduzimos 4 páginas do livro lançado pelo CIOE/CTOE - Centro de Tropas de Operações Especiais – nos festejos dos 50 anos da sua histórica e lendária existência (ver a mensagem M384), onde se encontra superiormente narrada a história desta célebre companhia.

Formada nos primeiros meses de 1975, esta unidade foi a que primeira vez incluiu praças (soldados) nas suas fileiras.

 A mesa pronta para estraçalhar um excelente cozido à portuguesa, bem regado com um bom vinho tinto, e não só
 O RANGER Sampaio no uso da palavra

O Sr. Gen. Pires Veloso, um jovem com apenas 85 anos, depois de um dia muito preenchido - segundo as suas palavras -, ainda arranjou forças, e de que maneira, para se dirigir às tropas em parada 





Este ano o pessoal desta célebre e respeitada unidade celebrou, nas belíssimas e agradáveis instalações da filial do Porto da Associação de Comandos – Castelo do Queijo -, o 35º aniversário da sua composição.
   

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

M388 - JAIME NEVES - Mais um Herói de Portugal


HERÓIS DE PORTUGAL

Com a devida vénia e agradecimentos, reproduzimos um artigo da autoria do Prof. Doutor Rui de Azevedo Teixeira, publicado na última revista TABU (do semanário O SOL),  sobre o Sr. Brigadeiro COMANDO Jaime Neves. 


Ostracizados e desprezados por uma politicalhada pós-abrilada constituída na sua quase totalidade por TRAIDORES e DESERTORES, desprovido de todo e qualquer  valor patriótico...

Combateram por PORTUGAL.

Deram o seu melhor, como podiam e sabiam, muitas vezes até ao limite das suas forças... 

Algumas vezes com a própria vida.

A paga e as compensações estão à vista desde o 25 de Abril de 1974... ZERO! NADA!

É tempo de vos apresentar mais um HERÓI de Portugal... 







Há muitos mais Heróis portugueses, votados ao esquecimento, que espero divulgar brevemente.
VIVA PORTUGAL!

domingo, 4 de dezembro de 2011

M387 - AOE - ALMOÇO DE NATAL - FÁTIMA - 10 DE DEZEMBRO DE 2011



 AOE 



ALMOÇO DE NATAL 

PROGRAMA 
10h30 – Início da concentração 
12hOO – Início da cerimónia 
12h30 – Missa c/ a leitura da PRECE RANGER
13h30 – Almoço 
LOCAL: Restaurante SABORES DO MUSEU (a 300 mts do Santuário de Fátima)


Preço por pessoa: 15 EUROS
INSCRIÇÕES : infosite@aoe.pt ou mailto:aoe_guimar%C3%A3es@hotmail.com.
Telemóvel: 933 258 665
MAIS INFORMAÇÕES NO SITE: http://www.ranger.pt/ ou http://www.aoe.pt/




FÁTIMA 

10 DE DEZEMBRO DE 2011 

sábado, 3 de dezembro de 2011

M386 - RANGER Cândido Teixeira do 3º Curso de 1972. Foi Furriel Miliciano na 2ª CCAÇ do BCAÇ 4210 - Parte 3


RANGER Cândido Teixeira do 3º Curso de 1972




OCUPAÇÕES EM TEMPOS DE GUERRA

Escrever à namorada, família e amigos 

Escrever o diário e alguma poesia
 Exercício físico e muito "yoga"

A indispensável e recomendável leitura


 O não fazer nada.. descansar... correspondia a estar bem preparado para o que der e vier
 A caça

A caça... era a garantia de carne fresca
À falta da apetitosa carne de pacassa, a fauna era generosa e rica em vários espécimes comestíveis 
 O resto de uma excelente petiscada

O melhor de todas as guerras, tal como em Angola, era uma aeronave para regressar a casa 


Fotografias: © Cândido Teixeira (2011). Direitos reservados.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

M385 - RANGER Cândido Teixeira do 3º Curso de 1972. Foi Furriel Miliciano na 2ª CCAÇ do BCAÇ 4210 - Parte 2


RANGER Cândido Teixeira do 3º Curso de 1972


Apresentam-se hoje mais algumas fotos do álbum de memórias do RANGER Cândido Teixeira do 3º Curso de 1972, que cumpriu a sua comissão militar em Teixeira de Sousa - Angola -, na 2ª Companhia de Caçadores do Batalhão da Caçadores 4210.


Na mensagem M382, pode ver-se a sua apresentação neste blogue e várias das suas fotos. 


Recorda-se que a Guerra do Ultramar decorreu entre 1962 a 1975.

Aspectos do meu quartel e dos meus inesquecíveis Amigos


RANGER que se preze usa sempre a sua t'shirt, seja no nosso torrão ou nos confins de África

 Parte do agradável e confortável ressort em que nos asilaram quase dois anos
 Um excelente T1, última geração na altura, que servia de bar
 À volta do quartel muito terreno desmatado, para permitir visionar e vigiar qualquer aproximação do inimigo
Hum... pelo barulho aqui à coisa... e aproxima-se pelo ar!
 Duas mulheres angolanas vestidas, a seus usos e costumes, em dia de festa 
Nem tudo era guerra. 
 A população sempre que podia juntava-se a nós, intercambiando conhecimentos e experiências de vida, trocando e vendendo o que era possível comerciar, em momentos de descontracção e alegria mútua
 Natal de 1973 - Momentos de convívio com bolo-rei, algum vinho e muitas bazucas (cervejas)
Natal de 1973 - Sem falsas modéstias, nestes dias de festa, bebíamos para esquecer que estávamos longe das famílias e perto da morte
 Brancos e negros faziam amizades inesquecíveis
Amizades marcadas pela guerra, mas irmanadas no espírito de confraternização e entreajuda


Fotografias: © Cândido Teixeira (2011). Direitos reservados.