domingo, 19 de junho de 2011

M343 - 10 de Junho em Belém/Lisboa, Junto ao Monumento em Honra dos Combatentes da Guerra do Ultramar (1)


"QUE OS MUITOS POR SER POUCO NAM TEMAMOS" in Os Lusíadas de Luís Vaz de Camões


Da esquerda para a direita: RANGERS Chapouto, Costa,Fernandes, Inverno, Barbosa, Fitas, Sousa e Mendes Santos
Foi triste e vergonhosa a falta de uma maciça representação RANGER junto ao Monumento erigido em honra do Combatentes da Guerra do Ultramar, no dia 10 de Junho de 2011, dedicado à homenagem aos seus mortos nessa guerra!
Não aparecem porquê?


Vergonha política?


Vergonha pessoal?


Pergunta: Como é que a maioria dos RANGERS, que tanto falam em honrar e dignificar a sua especialidade, se escondem no dia 10 de Junho em qualquer canto deste país, ou se dedicam a outras frívolas actividades, que não lembrar aqueles que deram de si o que de melhor tinham - a vida -, em nome desta nossa Pátria?

Num dia feriado nacional.

Feriado que é um dia em que a quase totalidade dos portugueses não trabalha!

Dia em que não se trabalha, para que os portugueses possam e devam comemorar condignamente o Dia de Portugal!

E o que a grande maioria dos portugueses faz é ir para a praia, pescar, passear os tarecos e os lulus... enfim dedicar-se a tudo menos... à sua obrigação pátria.

Pergunta: Porque é que alguns RANGERS na hora de desfilarmos em honra dos nossos mortos desaparecem da nossa concentração lá, em Belém, junto ao Monumento?

Muitas pessoas presentes nas cerimónias nos questionam sobre esta disjunção...

Mais perguntam aos que foram Combatentes na Guerra do Ultramar, como é que, deste modo, querem ser honrados e respeitados pela restante população portuguesa?

É claro que não sabemos responder!

O que sabemos, repito, é que é vergonhoso e indigno!

Assim restou uns poucos, firmes e bons, que se deslocaram junto ao Monumento, fazer as honras às Operações Especiais, desfilando condignamente frente à magnífica estrutura que ali se ergue gritando o nosso tema de guerra, para que, caso os nossos mortos nos ouçam em qualquer sítio, que assim Deus o permita, saibam e se sintam orgulhosos de que há AINDA quem não os esqueceu e lhes dedicou, num dos 365 dias no ano, aquele grito que um dia os uniu na parada do quartel de Penude!
E JAMAIS OS ESQUECEREMOS ENQUANTO HOUVEREM SAÚDE E FORÇAS PARA LÁ ESTARMOS ESPECIALMENTE NESTE DIA!


E continuaremos a gritar: "PRESENTES!"


À frente do pessoal, vê-se o RANGER Barbosa que decidido e galhardamente empunhou o nosso estandarte

Logo atrás o RANGER Fitas, peito cheio e lágrima no olho, pelos seus Homens falecidos em combate na Guiné, seguidos dos RANGERS Inverno, Fernandes, Costa e Chapouto 

Ao lado esquerdo o RANGER Sousa

Em primeiro plano o RANGER Fernandes e mais atrás o RANGER Inverno
Mais atrás os RANGERS Chapouto, Costa e Castro ~

Em 10 de Junho de 2012, se Deus quiser... lá estaremos novamente... em Belém/Lisboa... junto ao Nosso Monumento, com aesperança que mais RANGERS se juntarão ao guião 

2 comentários:

antonio barbosa disse...

Boa noite MR
Além dos argumentos que focaste o que mais me entristeceufoi ver Rangers que na hora de proceder-mos ao grito Ranger em memória de todos que em combate ou não já desapareceram, se refugiaram no meio da assistencia, tendo sobrado a meia duzia que aparecem nas fotos
Espero que para o prõximo ano apareçam em massa
RANGER Antonio Barbosa

ARNALDO MESQUITA disse...

Caro MR.

Em primeiro lugar, deixa que te felicite por este teu "blog", que vgisito diariamente, e pelo enorme esforço e contributo que vem dando para a divulgação da nossa unidade, dos eventos da Guerra do Ultramar e para a construção de uma memória colectiva desses eventos e de todos aqueles que nele participaram. Em relação ao assunto que tanto te indigna, deixa-me referir a minha visão do tema: Quanto aos que aparecem, ou não, não faço juízos morais ou moralizantes; a consciência de cada um dita as suas acções e as suas escolhas; quanto às pessoas que não vão desfilar ou participar no grito Ranger, dir-te-ei o seguinte: apesar de eu próprio comparecer anos após ano nesta homenagem e participar nela como entendo que devo participar, isto é, da forma respeitosa e tranquila que os mortos em combate merecem, nunca desfilei, nem jamais desfilarei; deixo isso para quem foi combatente e merece por isso contribuir para a homenagem de uma forma mais notória. De resto, a pouca adesão de Rangers está plenamente de acordo com o nosso lema, que tu citas no cabeçalho da mensagem.
Continua com o teu excelente trabalho e um grande abraço.

Arnaldo Mesquita