As palavras desta mensagem do Amílcar dão que pensar!
Não é segredo para ninguém que a cobardia e a traição reinam em Portugal desde os seus mais ancestrais primórdios da fundação como país.
Se calhar hoje mais de que nunca!
Se calhar hoje mais de que nunca!
Cobardes e traidores sempre os houve e continuará a haver. Infeliz, lamentável e tristemente.
A solução seria eliminá-los fisicamente e o meio mais indicado, embora qualquer outro servisse bem, o fuzilamento!
Em democracia, para bem das corjas, a "coisa" não funciona assim.
Então temos que conviver, lado a lado, com essa corja abjecta, nojenta e ascorosa.
Eles distinguem-se bem, por gestos e palavras, desprezam e quando podem destroem os valores e ideais da nacionalidade lusa.
Odeiam quem não alinha na sua mentalidade e sanha obtusa e tacanha, quase sempre alicerçadas em educações de base manhosa, ressabiada e plena de lacunas, quer ao nível de conhecimentos históricos, quer ao nível da evolução da sua formação intelectual.
Eles distinguem-se bem, por gestos e palavras, desprezam e quando podem destroem os valores e ideais da nacionalidade lusa.
Odeiam quem não alinha na sua mentalidade e sanha obtusa e tacanha, quase sempre alicerçadas em educações de base manhosa, ressabiada e plena de lacunas, quer ao nível de conhecimentos históricos, quer ao nível da evolução da sua formação intelectual.
Uma posição podemos tomar e essa também nós, os que amamos a Pátria, com todos os seus defeitos e qualidades, temos direito também pela democracia, a rejeitar e desprezar esse esterco bolorento com forma humana.
Que esta nação JAMAIS esqueça as gerações dos anos 1960 e meados dos de 1970, que na Guerra do Ultramar deram TUDO aquilo que tinham, por vezes o que não tinham, com 21, 22 anos de idade, milhares inclusive o seu próprio sangue e vida, a pedido do poder político vigente de então, em nome da manutenção do nome de Portugal em fracções de terra africana (Angola, Moçambique e Guiné).
Fizeram-nos voluntariosamente pensando na História de Portugal, dos Homens que desbravaram novos mundos Além-mar, dos milhares de aventureiros portugueses que arriscaram e rasgaram, nesses longínquos territórios, novas horizontes e novas cidades.
Que esta nação JAMAIS esqueça as gerações dos anos 1960 e meados dos de 1970, que na Guerra do Ultramar deram TUDO aquilo que tinham, por vezes o que não tinham, com 21, 22 anos de idade, milhares inclusive o seu próprio sangue e vida, a pedido do poder político vigente de então, em nome da manutenção do nome de Portugal em fracções de terra africana (Angola, Moçambique e Guiné).
Fizeram-nos voluntariosamente pensando na História de Portugal, dos Homens que desbravaram novos mundos Além-mar, dos milhares de aventureiros portugueses que arriscaram e rasgaram, nesses longínquos territórios, novas horizontes e novas cidades.
Esta é a 15ª mensagem, continuação das mensagens M417, 418, M422, M423, M424, M425, M426, M427, M429, M432, M436 e M437, onde se iniciou a publicação de algumas das memórias de guerra de Amílcar Mendes, Recordamos que estas mensagens também podem ser vistas no blogue: http://blogueforanadaevaotres.blogspot.com/
Uma lenda da Guerra do Ultramar
Guiné – 1972/74
Retomando as minhas crónicas de guerra
As notas tomadas durante situações de stress, algumas delas memorizadas debaixo de fogo, e em que o pensamento na altura pertencia a um jovem e arrogante guerreiro que inchava de vaidade, quando a intervalos das operações descia a cidade da Bissau e se pavoneava de orgulho, exibindo para a plateia o seu camuflado - éramos a única tropa autorizada a fazê-lo na cidade -, o lenço preto e a boina com fitas pretas.
Éramos já nesse tempo admirados por uns e odiados por outros. Nunca compreendi o olhar de desprezo com que alguns camaradas nos brindavam, [em Bissau]. E porquê? A maioria dos soldados que frequentavam a 5ª Rep (Café Bento), Pelicano, Zé da Amura, Ronda, Império, etc... eram militares em trânsito para regressar ao mato e que de alguma forma já tinham colado a orelha ao chão connosco em alguma picada, trilho ou destacamento. Podíamos até nem comungar dos mesmos ideais mas no perigo éramos gémeos.
Só muito mais tarde e com as mudanças da sociedade a nível político consegui decifrar o significado dos olhares que me eram dirigidos no tempo de guerra e em época posterior, já então no Regimento de Comandos da Amadora. Percebi que esses olhares vinham de alguns camaradas mais esclarecidos(ou manipulados) em política e em que para eles tropas especiais era o que havia de mais desprezível no teatro de guerra. Assassinos. Comedores de criancinhas, frios e calculistas, sem ponta de emoção. Já na Amadora e com a liberdade esses ódios declararam-se e fui cuspido e chamado frontalmente de assassino.
Vem isto a propósito de quê? Quando comecei a escrever no Blogue, começaram logo a aparecer umas vozes críticas que eu fui ignorando, direi mais, desprezando, porque realmente já 'tou farto de guerrilheiros do arame farpado e chegou ao ponto de haver aqui quem insinuasse que nós, os COMANDOS, só éramos valentes em grupo, o que quer dizer que isolado sou um cobarde.
Nunca isso me incomodou, até ao dia em que as mensagens anónimas começaram a chegar. Aí parei. Mas não foi por medo. Foi por achar que tais pessoas (?) não mereciam partilhar daquilo que me é muito íntimo. O que me pode afectar são acontecimentos e não pessoas. Sou um “cota” simpático, tentando alegrar os dias que vão passando e em que muita coisa já me passa ao lado e não percebo como ainda existe gente que, decorridas quase quatro décadas, ainda vive ressentida por aquilo que outros fizeram lá tão longe.
Bem, longe vai esta mensagem e o que queria dizer é que vou mandar mais apontamentos do meu diário de guerra e isso porque, se há quem não goste, há muito mais quem goste.
Um grande abraço para todos os ex-Combatentes.
Amílcar Mendes
1º Cabo Comando da 38ª CCmds
Texto: © Amílcar Mendes (2006). Direitos reservado.
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Do mesmo autor veja também as mensagens:
1ª Mensagem em 16 de Março de 2012 >
2ª Mensagem em 18 de Março de 2012 >
3ª Mensagem em 25 de Março de 2012 >
4ª Mensagem em 25 de Março de 2012 >
27 de Março de 2012 > M423
– 38ª Companhia de Comandos – Uma lenda da Guerra do Ultramar: De Farim a
Guidaje: a picada do inferno (II Parte) (4)
5ª Mensagem em 30 de Março de 2012 >
M424
– 38ª Companhia de Comandos – Uma lenda da Guerra do Ultramar: Uma noite nas
valas de Guidaje (5)
6ª Mensagem em 31 de Março de 2012 >
7ª Mensagem em 3 de Abril de 2012 >
8ª Mensagem em 5 de Abril de 2012 >
M427 – 38ª Companhia de Comandos – Uma lenda da Guerra do
Ultramar: Soldado Comando Raimundo, natural da Azambuja, morto em Guidaje:
Presente! (8)
9ª Mensagem em 8 de Abril de 2012 >
10ª Mensagem em 12 de Abril de 2012 >
11ª Mensagem em 15 de Abril de 2012 >
12ª Mensagem em 17 de Abril de 2012 >
13ª Mensagem em 19 de Abril de 2012 >
14ª Mensagem em 22 de Abril de 2012 >
M437 – 38ª Companhia de Comandos – Uma lenda da Guerra do
Ultramar: Guidaje, Maio de 1973: Só na bolanha de Cufeu, contámos 15 cadáveres
de camaradas nossos
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