sábado, 19 de maio de 2012

M457 - História de Portugal - Cavaleiros Templários - J. Truffi

História de Portugal
Cavaleiros Templários 

Com a devida vénia e agradecimento, publicamos este excepcional trabalho sobre um invulgar e conturbado período da História de Portugal, que circula livremente na net, em formato .pdf, assinado por J. Truffi. 


TEMPLÁRIOS


Non Nobis Domine, Non Nobis, Sed Nomini Tuo ad Gloriam! 
(Não por nós Senhor, não por nós, mas para a glória de Teu nome!)


No ano 1071 os turcos muçulmanos tomaram Jerusalém. Na Europa, a Igreja Católica organizou expedições militares em direção à Terra Santa, com o objetivo oficial de reconquistar os territórios sagrados da sua religião. Essas expedições foram denominadas Cruzadas, pelo fato de que os seus peregrinos usavam uma cruz nas vestimentas e bandeiras. 


No ano 1118, Jerusalém já era um território cristão. Assim, nove monges veteranos da primeira Cruzada, entre eles Hugh de Payen, dirigiram-se ao rei de Jerusalém Balduíno I e anunciaram a intenção de fundar uma ordem de monges guerreiros. 
Dentro de suas possibilidades, se encarregariam da segurança dos peregrinos que transitavam entre a Europa e os territórios cristãos do Oriente. Os membros fizeram votos de pobreza pessoal, obediência e castidade. 


Os denominados Pobres Cavaleiros de Cristo se instalaram numa parte do palácio que foi cedida por Balduíno, um local que outrora foi o Templo de Salomão. Por isso ficaram conhecidos como Cavaleiros do Templo, ou Cavaleiros Templários.

Apenas em 1127 no Concílio de Troyes, o Papa Honório II outorgou a condição de Ordem, concedendo um hábito branco com uma cruz vermelha no peito. O símbolo era um cavalo montado por dois soldados, numa alusão à pobreza.


A Ordem desenvolveu uma estrutura básica e organizou-se numa hierarquia composta de sacerdotes até soldados.


A esta altura, constituída não apenas por religiosos mas principalmente por burgueses, os Templários sustentavam-se através de uma imensa fortuna que provinha de doações dos reinados. 


Durante um período de quase dois séculos, a Ordem foi a maior organização Militar - Religiosa do mundo. 
As suas atividades já não estavam restritas aos objetivos iniciais.


Os soldados templários recebiam treino bélico, combatiam ao lado dos cruzados na Terra Santa, conquistavam terras, administravam povoados, extraíam minérios, construíam castelos, catedrais, moinhos, alojamentos e oficinas, fiscalizavam o cumprimento das leis e intervinham na política europeia. 


Além de aprimorarem o conhecimento em medicina, astronomia e matemática. Houve até mesmo a criação de um sistema semelhante ao dos bancos monetários actuais. 


Ao iniciar a viagem para a Terra Santa, o peregrino trocava o seu dinheiro por uma carta de crédito nominal que lhe era restituída em qualquer posto templário. Assim, seus bens estavam seguros da acção de saqueadores. 
O poder dos Templários tornou-se maior que a Monarquia e a Igreja.


As seguidas derrotas das Cruzadas no século XIII, comprometeram a atividade principal dos Templários, e a existência de uma Ordem Militar. Com tais objetivos já não era necessária. Neste mesmo período, o Rei Felipe IV - O Belo - comandava a França.  


Felipe IV devia terras e imensas somas em dinheiro aos Templários. Assim, propôs ao arcebispo Beltrão de Got uma troca de favores. 
O monarca usaria a sua influência para que o religioso se tornasse Papa.


Por sua vez, Beltrão de Got comprometeu-se a exterminar a Ordem dos Templários assim que alcançasse o papado. 
No ano de 1305, Beltrão de Got sobe ao Trono de São Pedro como o Papa Clemente V.


Neste momento teve início as acusações contra os cavaleiros e a implacável perseguição em toda a Europa. 


O processo inquisitório contra os Templários estendeu-se por vários anos sob torturas e acusações diversas, como heresia, idolatria, homossexualismo e conspiração com infiéis.


Por volta do dia 20 de Setembro de 1307, Filipe VI enviou cartas lacradas a todos os senescais do reino com ordens expressas de que somente fossem abertas na noite de quinta-feira, 12 de Outubro.

Quando as cartas foram simultaneamente abertas, a ordem expressa do rei resumia-se em: os Templários são acusados de graves heresias e crimes.


Na madrugada de sexta-feira, 13 de Outubro de 1307, todos foram aprisionados e postos a ferros. 
Daí a crença de que toda a sexta-feira 13 é um dia de azar.


Na França, o último Grão-Mestre da Ordem, Jacques de Molay e outros 5 mil cavaleiros, foram encarcerados pelos soldados do Rei Felipe. 


No entanto, ao tentar apoderar-se do precioso segredo que a Ordem dos Templários possuía no seu tesouro, Filipe VI encontrou uma decepção: a frota de navios Templários ancorados na França desaparecera misteriosamente para nunca mais ser vista.


Finalmente, em 18 de Março de 1314, Jacques de Molay, aos 70 anos de idade, foi levado à fogueira da Santa Inquisição às margens do Rio Sena, em Paris. 


Foram essas as suas últimas palavras:

  "NEKAN, ADONAI !!! CHOL-BEGOAL!!! PAPA CLEMENTE... CAVALEIRO GUILHERME DE NOGARET... REI FILIPE: INTIMO-OS A COMPARECER PERANTE AO TRIBUNAL DE DEUS DENTRO DE UM ANO PARA RECEBEREM O JUSTO CASTIGO. MALDITOS! MALDITOS! TODOS MALDITOS ATÉ A DÉCIMA TERCEIRA GERAÇÃO DE VOSSAS RAÇAS!!!" 

Clemente V morreu trinta e três dias depois e o Rei Felipe, o Belo, em pouco mais de seis meses. 


Dizem as lendas, que a frota se dirigiu para Portugal, onde sabia contar com forte proteção. 


Perante as ordens do Papa no sentido de extinguir os Templários e executar os seus cavaleiros, o rei D. Dinis instaurou um processo de inquérito de forma a averiguar sobre a culpa ou inocência desses cavaleiros. 


O inquérito concluiu (como seria de esperar), que os cavaleiros da Ordem dos Templários estavam inocentes de todas as acusações. 
Em virtude disso, nenhuma morte ocorreu.


Mais que isso, o rei português resolveu o assunto com aguda habilidade diplomática: Retirou todos os bens materiais da Ordem dos Templários e transferiu-os para uma nova ordem que criou ao abrigo da coroa Portuguesa.


Deu a essa nova ordem o nome de Ordem de Cristo, cujo o símbolo era precisamente a famosa Cruz da Cristo vermelha num fundo branco.


Em 1319, nascia assim a Ordem de Cristo, provavelmente um dos últimos redutos na Europa onde os templários continuaram a existir e a viver na persecução das suas santas metas, e conservando os seus míticos segredos. 


Contam as lendas que os templários estiveram ocultamente envolvidos nas aventuras marítimas portuguesas. Há mapas incluindo o Brasil desde 1389.


O Infante D. Henrique, Pedro Alvares Cabral, Vasco da Gama entre outros, foram todos eles membros da Ordem de Cristo, ou seja: Templários.


As naus que aportaram no Brasil traziam a bandeira desta nova Ordem. Pedro Álvares Cabral seria não apenas um navegador, mas um dos altos comandantes da Ordem de Cristo, que fez uso dos mapas e cartas de navegação templárias para descobrir o Brasil.


Rezam as lendas que a Ordem dos Templários assim se instalou no Brasil até aos dias de hoje. Inúmeros símbolos de municípios no Brasil possuem ainda hoje ícones que são de inspiração templária. 


Actualmente, os Templários estão presentes em diversos países, onde se dedicam à atividades em prol do bem-estar moral, material da civilização e progresso do ser humano. 


Propunham a ajuda a orfanatos, o amparo à velhice e às crianças desamparadas, o estímulo moral e material às ciências e às artes em geral.


E, acima de tudo, sendo uma ordem de carácter ecumênico, não faz distinção de raça, credo, nacionalidade e de estirpe, respeitando em qualquer caso, as leis e as tradições de todos os povos e de todos os países por onde se estendem as suas actividades.  


Non Nobis Domi
ne, Non Nobis, 
Sed Nomini Tuo ad Gloriam!

(Salmo de David e Lema dos Templários)


Este trabalho circula livremente na internete assinado simplesmente por J. Truffi.

1 comentário:

Jtruffi disse...

OBRIGADA POR DIVULGAR!
SOU J.TRUFFI (JANAINA)