quarta-feira, 30 de maio de 2012

M464 - RANGER Lino Ribeiro do 2º Curso de 1971 - Angola 1971/74 - As instalações


RANGER Lino Ribeiro
2º Curso de 1971
Angola 1971/74 - 2

Nesta mensagem continuamos a apresentar as histórias, memórias e algumas das fotografias do RANGER Lino Ribeiro do 2º Curso de 1971, iniciada na mensagem M462. 


Já referimos que o RANGER Lino cumpriu a sua comissão militar em Angola, 1971  a 1974, integrado na Companhia de Artilharia 3454, do Batalhão de Artilharia 3861, nas zonas de Zala e Quinguengue. 


Nesta sequência de fotos podemos verificar como eram as instalações, cujos tipos eram usados, salvo raras excepções, em quase todos os aquartelamentos. 


De modo que se pode compreender perfeitamente, regra geral todos os militares, que mais não eram que os filhos desta nação (rapazes com 22/23/24 anos de idade), procurava especialmente beneficiar e alindar o mais possível todo o quartel, mas em particular o espaço que lhe era destinado como quarto ou camarata, de modo a torná-lo o mais confortável e familiar possível.  

Instalações do aquartelamento de Zala visto mais de perto
Os barracões construídos por malta habilidosa, constituíam abrigos precários, mas eram muito melhores que os que por exemplo encontraram os primeiros soldados que ali chegaram nos primeiros anos que guerra e nada tinham onde se proteger, descansar e dormir 

Nesta foto pode avaliar-se o tipo de resorts, onde não devemos esquecer viviam e sobreviviam 20 e muitos meses, jovens armados com G3 e que combatiam, como podiam e sabiam, por Portugal 
 Os longos momentos dos jogos de futebol eram um enorme escape, ou como se usa dizer hoje, um excelente descarregador do stress acumulado nas patrulhas, colunas, operações, batidas, etc.
 Os jogos raramente tinham tempo de início e fim, nem árbitros, nem jogadores certos (equipas), muitas vezes nem os golos se contavam. 
 Interessava era distrair e ocupar o tempo livre, que por vezes nem era muito.

 Mas os maios "viciados" e craques aproveitavam todos os tempinhos para correr atrás da bola, o que lhes permitia manter a boa forma física.

  Foto 8
 Outros momentos de laser eram passados no bar, também se jogava cartas, dominó, dados, etc.
 Em Quinguengue, as instalações eram que se pode ver e dispensam mais comentários.
Como os fins-de-semana eram passados entre o arame farpado e o calor era um companheiro permanente permitia ao menos que o pessoal andasse desportivamente de sapatilhas e calções. 


Mini-guião: © Carlos Coutinho (2012). Direitos reservados.  
Fotos: © Lino Ribeiro (2012). Direitos reservados.  

1 comentário:

Unknown disse...

Aqui no quinguengue fui enfermeiro em 1968 - pertencia á 1611 de Forte Republica ! - A enfermaria como poderam confirmar não tinha condições
a cama de apoio era onde eu dormia ! Aqui de assistiam as populações que se deslocavam , como da sansala da MINA com muita gente leprosa e que eu tratava conforme podia! - o MEU TRADUTOR ERA O ALUNO DA ESCOLA LOCAL FERNANDO KITALOLA FILHO DO SOBA KITALOLA- o CHEFE DE POSTO ERA UM CIPAIO natural de carmona que abusava abusava das populações !
Foi corrido de comer na messe dos graduados no edificio que se vê numa das fotos. Convivia com o vendedor que estava á frente da loja local- Quando o patrão vinha fazer o reabastecimento da loja era altura das mulheres venderem a ginguba - o chefe de posto controlava a pesagem sempre a roubar nos kilos - A minha intervenção em defesa das mulheres - custou-me ida á luanda a uma consulta de psiquiatria !!
E fazia eu a psico social em volta das sansalas da fronteira , e os naturais eranm os proprios a complicar -- As crianças da escola comiam todos os dias metade das refeições deixadas por nós e nos nossos pratos, e por vezes a fome apertava, pois o reabastecimento era inconstante e o motor era um problema - falta de frio - Foi um desafo ! Saude sorte e um abraço !!! basilioMoreira